Polícia

Onda de arrombamentos e assaltos assusta moradores do Ininga

Em 24 horas foram registrados três arrombamentos em residências

Quinta - 23/03/2017 às 13:03



Foto: Imagens de câmera de segurança Trio arromba casas no Ininga
Trio arromba casas no Ininga

Moradores do bairro Ininga, zona Leste de Teresina, estão apreensivos diante de uma onda de arrombamentos nas residências que vem acontecendo na região. Em 24 horas, de quinta-feira (16) a sexta-feira (17), pelo menos três arrombamentos foram registrados somente na rua Ocilio Lago.

 As ruas desertas deixam o local propicio para assaltos, arrombamentos e até sequestros relâmpagos. Mesmo com todo equipamento de segurança como câmeras, cerca elétrica, alarme, os moradores vivem amedrontados com sensação de insegurança.

“Eles tentaram invadir a minha casa, mas não conseguiram devido a trava elétrica de segurança, daí eles seguiram para a casa do vizinho, onde conseguiram entrar. Eu vivo desesperada, insegura, não pelo bem material, mas pelo perigo em consequência desta situação”, diz a moradora do bairro Teresinha de Jesus.

Trio arromba casas no Ininga

Outro morador identificado como Gustavo Souza teve a casa invadida por uma trio, que não se intimidou diante das câmeras de segurança.

“Não é só porque tive a minha casa arrombada que tenho esta sensação, pois a minha sensação é a mesma de milhares brasileiros: falta de segurança total! O judiciário liberta criminosos conhecidamente perigosos, e isso faz a criminalidade aumentar. A situação que se vive hoje no país é de Guerra Civil, sem nenhuma previsão para terminar, a sensação que todos temos é que a violência só vai aumentar nos próximos anos no país”, frisa o morador.

Com o intuito de manter a interação e discutir os problemas relacionados a insegurança, os moradores criaram um grupo no whatsapp. A ferramenta serve também para alertar quando há algum episódio do tipo na vizinhança.

“Tanto o Estado como o Município são completamente ineficientes, incompetentes na gestão dos recursos públicos, acho que essa cidade e Estado estão muito mal administrados”, conclui Gustavo.

O comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar, major Flávio Pessoa, reconhece a situação e diz que vai reforçar o policiamento na área para evitar assaltos e arrombamentos.

“Estamos com uma demanda de ocorrências nas periferias da cidade, lá, o problema está ainda maior. Mesmo assim, vamos aumentar as rondas para a região do Ininga, realmente a situação está complicada. O policiamento ostensivo já está sendo feito, mas vamos reforçar”, diz major Pessoa.   

De acordo como o delegado Ademar Canabrava, titular do 12º Distrito Policial, a polícia já está trabalhando nas investigações para capturar os suspeitos.

“Recebemos três ocorrências de arrombamentos nos últimos dias desta região. Posso garantir que eles serão presos nos próximos dias, já estamos trabalhando para prender esses elementos”, diz o delegado.

Outros casos - Os relatos de criminalidade no bairro não são somente relacionados a arrombamentos de residências. Também no dia 16, um gerente do Banco do Brasil sofreu um sequestro relâmpago quando chegava em casa por volta das 20 horas, na rua Francisco Almeida. Ele foi abordado por três homens, entre eles um adolescente, e colocado no porta-malas do próprio carro. Sob a mira de um revólver, os bandidos queriam que o gerente sacasse todo dinheiro de sua conta. Um dos vizinhos presenciou o crime e acionou a polícia. Durante uma perseguição policial, o carro em que os bandidos estavam com o gerente capotou e colidiu no bairro Satélite, onde dois foram presos e outro conseguiu fugir.

Assaltos a transeuntes - A maioria das vítimas de assaltos cometidos nas proximidades da Universidade Federal é de estudantes. Mesmo morando próximo à universidade, os estudantes que não possuem transporte preferem ir de ônibus do que caminhando, pois eles relatam que já foram assaltados no caminho à instituição.

A espera pelo ônibus também é um risco. O estudante Lucas Sousa mora na rua Jornalista Helder Feitosa e diz que já presenciou vários assaltos nas paradas de ônibus. “Eu mesmo já fugi de alguns assaltos, como já conheço a forma que eles agem, fico mais esperto, distante da parada. Me escondo em algum estabelecimento que esteja aberto, mas se eu chegar a ser abordado, não vou reagir. Eles andam geralmente em dupla, sempre em moto”, diz o estudante.

Fonte: Redação

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