Lana Karina foi vítima do segundo sequestro em menos de dois anos, revela a irmã

Foto: Arquivo pessoal

Lana Karina foi sequestrada duas vezes em menos de dois anos

Lana Karina Ferreira, 31 anos, foi vítima de sequestro e tortura pela segunda vez em menos de dois anos. O novo sequestro aconteceu na manhã de quinta-feira (1º/8), em Campo Maior, a 85 Km de Teresina. A informação foi dada pela irmã, Daniele Ferreira, que acompanha o atendimento a Karina em hospital particular de Teresina.

“Eles atiraram nela a toa, de graça... desconfiamos que é uma coisa mandada, pois já é a segunda vez que acontece isso", revelou Daniele. "A gente pede a polícia que tome providência, que investigue bem o caso para que dessa vez tenha solução. É isso que a gente pede, Justiça. Ela é uma mulher, ela não pode estar sendo agredida a toa desse jeito sem nenhuma autoridade para tomar providência", reclamou a irmã da vítima.

"No momento da agressão eles pediam um dinheiro que segundo eles pertence ao patrão dela. Ela disse que não sabia onde estava esse dinheiro, que não tinha contato com esse dinheiro e que se ele existisse ela não sabia”, contou Daniele.

Baleada duas vezes na perna, Lana Karina foi submetida a uma cirurgia de emergência para drenar o sangue do ferimento e a retirada dos projéteis. Apenas uma bala foi retirada. A outra será removida em outra cirurgia na próxima semana.

Como foi

Por volta das 7h de quinta-feira, dois homens chegaram em um veículo VW Gol branco, bateram na porta da casa da família, dizendo ser oficial de Justiça e policial civil e que tinham uma intimação para entregar a Lana Karina, que estava no banheiro. Daniele lembra que quis receber a suposta intimação, mas os homens se recusaram a entregar o documento, dizendo que só a intimada poderia fazê-lo.

Quando Karina foi até a porta, recebeu voz de prisão. A vítima perguntou o motivo e eles responderam que ela sabia o porquê. Lana Karina pediu par ver o mandado de prisão. Os homens agarraram a vítima e a colocaram no carro. A irmã tentou segurá-la, mas foi ameaçada. Antes de sumir, a dupla disse que levariam Lana para a delegacia, o que não aconteceu.

Desepero

A família foi á delegacia e não encontrou Lana. Em desespero, decidiram vir para Teresina. Na saída de Campo Maior para Teresina, as irmãs receberam uma ligação da vítima. Karina informou à família que tinha sido baleada e abandonada na rodovia depois de Altos. Lana ligou do aparelho celular de um dos funcionários de uma empresa de telefonia móvel que trabalhavam no torre de transmissão e passavam pela rodovia BR-343, quando viram a jovem no chão, ferida. Depois de socorrer a jovem, os dois ligaram para a polícia e para o Samu, que levou a vítima para o hospital em Altos. De lá, Karina foi trazida para Teresina.

"A gente só pede a polícia que tome providência, que investigue bem o caso para que dessa vez tenha solução. É isso que a gente pede, Justiça. Ela é uma mulher, ela não pode estar sendo agredida a toa desse jeito sem nenhuma autoridade para tomar providência", finalizou.

A polícia ainda não tem pistas dos suspeitos, mas considera estranho dois seqüestros em menos de dois anos. A jovem vai ser ouvida quando tiver a autorização dos médicos para depor.

Lana Karina postou mensagem pedindo o fim da violência contra a mulher nas redes sociais (Foto: Reprodução/facebook)