Polícia

PENITENCIÁRIO

Jornalista e dono do Portal AZ acusado de extorquir médico é levado para a Irmão Guido

Arimateia Azevedo foi levado para penitenciária enquanto o professor Barreto foi colocado em liberdade

Valciãn Calixto

Terça - 16/06/2020 às 17:18



Foto: Piauihoje.com Arimateia Azevedo sendo encaminhado à Penitenciária Irmão Guido
Arimateia Azevedo sendo encaminhado à Penitenciária Irmão Guido

Preso no 12º Distrito Policial desde sexta-feira (16), Arimateia Azevedo, jornalista e proprietário do Portal AZ, foi transferido para a Penitenciária Irmão Guido, situada na zona rural Sul de Teresina, na tarde desta terça-feira (16).

O recambiamento acontece após ter sido negado ao jornalista o pedido de prisão domiciliar pelo juiz da Central de Inquéritos, Valdemir Ferreira. A determinação é para que Arimateia fique no presídio, mas isolado dos demais presos.

Em um vídeo recebido pelo Piauihoje.com, no momento em que o jornalista é colocado dentro da viatura para ser encaminhado à Irmão Guido, um homem que filmava tudo questiona em tom de raiva: "quem era que ia ser preso, Arimateia, bandido, quem era?". O interlocutor não foi identificado.


ENTENDA O CASO

Arimateia foi preso em sua casa no bairro Todos os Santos, zona Sudeste de Teresina. Na mesma operação realizada pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), o professor Francisco Barreto, da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), também foi preso no bairro Piçarreira, na zona Leste.

Segundo a investigação, o jornalista teria tentado extorquir um médico de Teresina e chegou a negociar R$ 20 mil para que parasse de publicar matérias negativas sobre o trabalho do profissional em seu portal de notícias. Barreto seria coautor do crime à medida que foi designado por Arimateia para se encontrar com o médico e receber o dinheiro combinado.

A empresa do jornalista também está sendo investigada por receber pagamentos  indevidos do Estado do Piauí sem possuir regularidade fiscal,  usando, para tanto, documentos fabricados. A última investigação está a cargo da Delegacia de Combate à Corrupção (DECCOR).

O portal também está impedido de publicar qualquer matéria relacionada à vítima, ao GRECO. Caso haja descumprimento dessa orientação, o site está sujeito à multa de R$ 5 mil.

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