Polícia

DHPP vai investigar omissão da Delegacia da Mulher

Aretha Dantas teria tentado registrar queixa contra namorado, mas greve impediu

Sábado - 19/05/2018 às 12:05



Foto: Reprodução Aretha Dantas Claro era filha de um servidor da Câmara
Aretha Dantas Claro era filha de um servidor da Câmara

O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa vai investigar a denúncia de omissão do Estado feita pela família e pelo advogado Marcos Vinícius Nogueira, que atua no caso do feminicídio de Aretha Dantas Claro, assassinada a facadas na madrugada de terça-feira (15) em Teresina.

Há cerca de três semanas, Aretha Dantas tentou denunciar Paulo Alves dos Santos Neto por cárcere privado na Delegacia da Mulher na zona Sul de Teresina, mas o boletim de ocorrência não foi registrado por conta da greve dos policiais civis.

O diretor do DHPP, delegado Francisco Costa, o Baretta, vai investigar a denúncia. "Conversando com o advogado da vítima, eles me disseram que o acusado tinha colocado ela em cárcere privado. Disseram que ela havia procurado uma delegacia, mas alegaram que estava em greve e aí nenhum registro foi feito", explicou Baretta. 

“Não foi feito esse registro e eu já até conversei com a delegada Luana sobre isso para ela oficializar se a delegada titular tomou ou não conhecimento da ocorrência policial. Isso tem sim que ser investigado. Uma vida foi ceifada. Quem foi que deixou de agir, houve ou não omissão do Estado, da administração. Temos que ver também se a policia foi mesmo procurada”, questionou o delegado.

“A família nos relatou mesmo que ela foi à delegacia registrar esta denúncia de cárcere. Na ocasião, há mais ou menos umas três semanas, ele [Paulo Neto] havia a colocado em cárcere privado e todos a apoiaram a denunciar”, acrescentou Marcos Vinícius Nogueira.

Fonte: DHPP

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