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Polícia instala \'\'cadeiras dedo-duro\'\' em presídios para encontrar

presidios celulares detectam cadeiras

Domingo - 26/06/2011 às 16:06



A partir deste sábado, visitantes nos presídios de Mato Grosso serão obrigados a passar por detectores diferentes: cadeiras com sensor. Apelidados de “bancos dedo-duro”, os equipamentos devem reduzir a entrada de aparelhos celulares ou armas carregados nas partes íntimas de quem visita detentos.
Ao sentar na cadeira, se o visitante estiver com aparelho celular, arma e até grampos de cabelo (usados para abrir cadeados), o sensor emite um sinal sonoro. O suspeito é levado para uma sala preparada, onde expele o que estiver introduzido. As cadeiras já são usadas em presídios do Piaui, Ceará, Minas, Rio, entre outros.
A instalação desses equipamentos aconteceu porque em revista realizada na sexta-feira (24) na Penitenciária Central do Estado (PCE), antigo Pascoal Ramos, agentes carcerários encontraram 59 telefones celulares e 72 chuços (armas artesanais).
O superintendente de Gestão de Penitenciárias, José Carlos de Freitas, diz que é possível que os celulares fossem usados para os presos comandarem tráfico ou outros crimes de dentro do presídio. “Há essa possibilidade, mas não temos nada confirmado oficialmente”.
Segundo Freitas, os “bancos dedo-duro” foram instalados em todos os presídios de Mato Grosso. Na PCE, por exemplo, estão em funcionamento cinco cadeiras com sensores.
Na avaliação do superintendente de Gestão, o uso do equipamento, além de barrar a entrada de celulares e armas, vai acabar com o constrangimento sofrido por visitantes, a maioria mulheres. De acordo com José Carlos, a revista era feita por amostragem. Quem caísse na malha fina era obrigado, por exemplo, a ficar de cócoras. No caso de suspeita, mulheres eram submetidas a toques feitos por policiais femininos.
Freitas disse que os equipamentos suprirão todos os sete presídios em Mato Grosso. Foram comparadas 30 cadeiras com sensores. “Assim, todos visitantes vão passar pela bancada de fiscalização”, disse o superintendente.
Atualmente a Penitenciária Central do Estado opera além da capacidade, que é de 856 detentos, mas abriga 2.060. E em todo sistema o limite é de 6 mil presidiários, mas cerca de 12 mil superlotam as cadeias.
Rebeliões e revistas
Em menos de uma semana, ocorreram duas rebeliões na Penitenciária Central. Dois homens morreram com golpes de armas artesanais. Um era agente prisional, que estava no primeiro dia de trabalho. Outro era presidiário.
Na quinta (23) e sexta-feira (24), houve revista na penitenciária por causa das rebeliões. Trinta agentes prisionais, com escolta da tropa de choque, realizaram revistas nas celas dos cinco raios.
Lá, encontraram 59 aparelhos celulares e 72 armas artesanais (chuços). A realização do procedimento no módulo de aço, a última área ainda a passar pela revista nesta semana, deverá ocorrer nos próximos dias.

Além dos aparelhos celulares e armas artesanais, ainda foram apreendidas 23 baterias de celular, 7 carregadores e 11 chips para aparelhos celulares. O material apreendido será encaminhado à Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário para análise e posterior destruição.

Fonte: bol

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