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A Polícia Federal, o Ministério Público e a Receita Federal vão investigar a procedência de um avião declarado pelo governador Zé Filho (PMDB) como sendo de propriedade dele, mas que a aeronave teria documentos faltos (clonado) já que o verdadeiro avião, um bimotor Seneca II, explodiu em setembro de 2002, após um acidente nas proximidades do aeroporto de Arcoverde, no interior de Pernambuco.

O pedido de investigação foi oficializado nesta segunda-feira (29.09) no Ministério Público Eleitoral, na Receita Federal e na Polícia Federal pelo advogado da coligação A Vitória com a Força do Povo, encabeçada pelo senador Wellington Dias, candidato a governador do Piauí pelo PT.

Na ação, os advogados explicam que o governador declarou um bem que não é dele. O avião declarado não existe nos registros da Agência Nacional da Aviação Civil – ANAC. O Seneca - EMB-810C, prefixo PT-EZB encontra-se com Certificado de Aeronavegabilidade – AC, cancelado. A aeronave explodiu após um acidente, por volta das 3 horas da madrugada do dia 29 de setembro de 2002, a 500 metros do aeroporto da cidade de Arcoverde (PE). O bimotor era registrado em nome da Olinda Táxi Aéreo, empresa que também não mais existe.

Caso seja comprovada a fraude, com falsificação de documentos, o avião “clonado”, o governador Zé Filho poderá ter sua candidatura cassada imediatamente. De acordo com os advogados, além do ilícito penal de manter e operar  um avião de forma clandestina, ao informar à Justiça uma aeronave com registro "frio" na Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC, o governador e candidato a reeleição, Zé Filho, incorre num crime eleitoral.

A assessoria do governador Zé Filho não se pronunciou sobre o caso. Até o momento não enviou nenhuma explicação sobre o caso à redação do Piaui Hoje.