A Polícia Federal encaminhou ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedido de indiciamento contra o senador Ciro Nogueira (PP) e de mais quatro pessoas. Ciro é acusado de receber R$ 2 milhões em propina da construtora UTC, em 2014, em troca de favorecê-la com contratos de obras públicas. Os investigadores querem que Nogueira responda por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Teori Zavascki pediu a opinião do Ministério Público antes de se manifestar.
A denúncia é de que R$ 1,4 milhão foram transportados de São Paulo até as mãos de Nogueira em Brasília. Outros R$ 475 mil foram repassados por meio de um escritório de advocacia. Nogueira, que disputava a eleição, cobrava pressa nos repasses. O último deles, agendado para novembro de 2014, não foi feito porque Ricardo Pessôa, dono da UTC, foi preso na sétima fase da Lava Jato.
Além de Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, o ex-dirigente da empreiteira Walmir Pinheiro Santana, também foi indiciado por corrupção, lavagem de dinheiro, fraude à licitação e organização criminosa. Ambos são delatores do esquema de corrupção e propinas instalado na Petrobrás entre 2004 e 2014.
Em março do ano passado o senador chegou a se defender quando teve seu nome divulgado entre os políticos com mandato envolvidos na Operação Lava Jato. Na época o senador disse que entregaria seu mandato caso ficasse provada alguma das denúncias. Ciro, até o momento, só tinha sido citado como presidente do PP, pois todas as denúncias abrangiam o período em que não estava a frente do partido.
A decisão sobre o futuro do senador Ciro está agora nas mãos do STF.
Fonte: Folha Política