A investigação foi dividida em dois vieses. A Polícia Federal apura se a morte do servidor público federal teria algum tipo de ligação com a sua atividade, que é considerada bastante arriscada. Lucas era lotado no presídio federal de Mossoró, uma das quatro unidades de segurança máxima que integram o Sistema Penitenciário Federal (SPF), que é subordinado ao Ministério da Justiça.
Os presídios de segurança máxima são conhecidos no Brasil pelo rigor no tratamento com os internos e, principalmente, pelo seu público alvo. O SPF foi inaugurado em 2006 com o objetivo de isolar os grandes líderes do crime organizado. As prisões federais abrigam criminosos como Luís Fernando da Costa, o “Fernandinho Beira-Mar”, que já esteve na unidade de Mossoró. Noutra ponta do trabalho, a Polícia Civil busca saber se o crime teria alguma outra motivação, por exemplo, pessoal.
As duas instituições têm se mantido em silêncio sobre o andamento dos seus trabalhos, desde o início do caso. Não revelam quais são as versões que estão sendo verificadas. A reportagem apurou junto à uma fonte que tem acompanhado os trabalhos que as investigações estão avançando em ritmo acelerado e que o resultado final deverá ser apresentado antes do esperado.
A reportagem foi informada também que existem linhas de investigação que têm se sobressaído sobre as demais, mas optou por não divulgar para que a investigação não seja prejudicada. As polícias Federal e Civil já repassaram à imprensa que irão se pronunciar sobre o trabalho no momento adequado.
Lucas era natural de Teresina (PI) e estava trabalhando em Mossoró havia vários meses. Ele foi encontrado morto em uma estrada carroçável do bairro Santo Antônio (zona norte). Havia sido morto com tiros de pistola calibre P40. A suspeita é que o assassino (ou os assassinos) tenha usado a própria arma do agente penitenciário.
A vítima estava com as mãos amarradas e seu carro, um Cerato de cor prata e placas NNR 5181, Mossoró, foi abandonado logo a diante, carbonizado. A suspeita é que a intenção seria dificultar a investigação, evitando que pistas fossem colhidas no veículo.
Fonte: Jornaldefato