O secretário de segurança Pública, Fábio Abreu, adiantou que os dois PMs presos - um cabo e um soldado da Força Tática do 5º Batalhão (Ininga) - por não terem adotado os procedimentos “padrão” no local de crime e por suspeita no desaparecimento de R$ 300 mil dos R$ 706 mil roubados durante o assalto ao Banco do Nordeste, na Avenida João XXIII, na zona Leste, na quarta-feira (19), poderão ser presos e expulsos da corporação.
"O espólio de guerra é preciso ser combatido e é vergonhoso. A orientação que dei ao comandante geral da Polícia Militar é que comprovando o crime, os policiais devem ser expulsos. [...] O que podemos afirmar no momento é que há uma investigação, mas ainda não temos nenhuma confirmação. Posso adiantar que qualquer tipo de comprovação de fatos dessa natureza, a orientação é para a punição do policial. Para desvio de conduta, a punição deve ser a máxima: prisão e exclusão dos quadros da PM. Não compactuamos com ações dessa natureza e se comprovado vamos fazer o corte na própria carne",
A Polícia Militar não divulgou os nomes dos dois PMs afastados por negligência. “Eles não preservaram o local do crime, uma medida básica da PM", adiantou a coronel Elza Rodrigues, relações públicas da PM.
O Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) apura o sumiço de parte do dinheiro do assalto ao Banco do Nordeste, que ainda não repassou a quantia exta que foi subtraída do cofre do banco.
O subcomandante-geral da Polícia Militar, coronel Lindomar Castilho, explicou que o afastamento, a princípio, é administrativo enquanto ocorre a investigação na Corregedoria da PM. "Está sendo apurado se houve a participação deles nesse procedimento equivocado, que não é padrão na Polícia Militar".
O subcomandante revelou que os policiais presos informaram que seguiam orientação do comandante do 5º Batalhão, major Flávio Pessoa, que está afastado do cargo, junto com o subcomandante major Nivaldo. "Os policiais informaram que levaram o dinheiro para o quartel e não para a delegacia por orientação do comandante [do 5º BPM]", explicou o coronel Lindomar Castilho.
"Com o comando e o subcomando sob suspeita, fica difícil a investigação por isso eles foram afastados, terão direito de defesa e tudo será esclarecido", garantiu o coronel.
Fonte: PM-PI