Brasil

Piauiense histórico em Brasília sofre ameaça de remoção da UnB

Chiquinho livraria UnB campanha

Segunda - 23/11/2015 às 15:11



O piauiense Francisco Joaquim de Carvalho, de 56 anos, conhecido por Chiquinho, está ameaçado de perder a sua livraria. que mantém há 40 anos, no Instituto Central de Ciências (ICC), principal espaço de circulação da Universidade de Brasília (UnB).

Há algumas semanas, o reitor da UnB, prof. Ivan Toledo, informou a Chiquinho sobre a possibilidade de ser removido do local. A notícia causou comoção na comunidade acadêmica e, logo em seguida, viralizou pelas redes sociais. No próximo dia 24.11 (terça-feira), às 12hs, está marcado um \'abraço coletivo\' da comunidade acadêmica na Livraria de Chiquinho, na UnB, em Brasília (DF). A página no facebook intitulada de "Chico Fica" já conta com quase 5 mil seguidores.

Chiquinho é conhecido por várias gerações de intelectuais que passaram pela UnB. É idolatrado pelos estudantes. A sua livraria se tornou uma referência cultural na universidade, onde já recebeu escritores como Ariano Suassuna, Cora Coralina e José Saramago. Foram dezenas de lançamentos de livros, discussões literárias e apresentações artísticas nacionais e internacionais.

A história de Chiquinho já virou notícia nacional. Em 2013, o Fantástico exibiu uma matéria "Homem sai do Piauí para Brasília em pau de arara e vira dono de livraria", na qual conta a sua trajetória. Em busca de melhores condições de vida, ele se mudou com a família para Brasília/DF há 40 anos. Começou como jornaleiro e, como leitor assíduo dos próprios jornais que vendia, consolidou-se como livreiro em uma das principais universidades do país.

A comunidade acadêmica defende a permanência da Livraria do Chico no ICC/Norte, pois entende que a Livraria do Chico já integra o patrimônio histórico da UnB e, por isso, deve ser mantida no mesmo local e, inclusive, restaurada. A livraria integra a identidade cultural e popular da UnB. Por isso, considera que o projeto da Reitoria tende a higienizar, ou seja, apagar a memória cultural e popular da universidade.

Fonte: assessoria

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