Política

Piauí ficará à mercê da PEC de Temer se não aprovar ajuste de gastos

Franzé Silva participou, ontem (23), no Palácio de Karnak, das negociações com servidores

Domingo, 25/12/2016 às 12:12



Foto: Jorge Henrique Bastos/PK/CCom Governador do Piauí, Wellington Dias com servidores públicos
Governador do Piauí, Wellington Dias com servidores públicos

O secretário de Estado da Administração, Franzé Silva participou, ontem (23), no Palácio de Karnak, das negociações do governador Wellington Dias com representantes de várias categorias de servidores públicos, numa conversa que entrou pela noite e só terminou depois das 20h.

Durante o encontro, foram corrigidas informações que vem sendo repetidas por alguns desses sindicalistas e repercutidas na mídia sobre a Proposta de Emenda Constitucional nº 3, que institui o novo Regime Fiscal do Estado.

Franzé disse que a reunião foi de esclarecimento. “O governador sempre foi aberto ao diálogo e o resultado dessa rodada de negociação, que foi feita hoje, que encerramos agora às 8 da noite, objetiva levar aos servidores a diferenciação entre as duas PECs. A nossa tem o foco no desenvolvimento, o crescimento da economia e, consequentemente, da nossa receita própria. E aí podermos dar os aumentos, fazermos os concursos que o Estado precisa e os servidores tanto reivindicam”.

O secretário alerta que se o Piauí não aprovar a PEC dos gastos propostas pelo governo, ficará à mercê das regras federais, impostas pela PEC nº 55, aprovada em segunda votação pelo Senado, que impõe várias medidas de austeridade, essas sim, nocivas aos interesses do conjunto de servidores públicos dos Estados.

“Se ficar nas regras da PEC federal nós vamos ter um travamento e isso é o que o Piauí não quer, o governador não quer. Acreditamos que essa rodada de conversa foi esclarecedora e esperamos que eles entendam o espírito dessa PEC, que é o crescimento econômico, a geração de emprego e da garantia de uma receita própria que possa, enfim, permitir realizar as reivindicações da realização de concursos e das melhorias salariais”, acrescentou.

Franzé Silva ressalta a necessidade da aprovação, ainda este ano, do ajuste fiscal do Estado, para que as regras comecem a valer já em janeiro de 2017 e o Piauí possa retomar os investimentos e o crescimento econômico, que vai permitir os resjustes salariais e a contratação de pessoal.  

“Nós temos o prazo da Assembleia. Enquanto a Assembleia não entrar de recesso nós teremos aí prazo para conversarmos. O que nós não podemos é virar o ano sem ter essa PEC e nos condicionarmos à PEC federal. Isso seria prejudicial para o Piauí e para os servidores”, adverte.  

Fonte: Paulo Pincel

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