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Piauí é um dos estados que mais avançaram no Radar IDHM 2014

Além do Piauí, os estados que mais se destacaram no levantamento foram o Amapá e do Amazonas

Quarta - 23/11/2016 às 17:11



O Piauí tem um dos maiores crescimentos no Radar Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). O resultado do estudo divulgado esta semana, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Fundação João Pinheiro aponta que o Piauí cresceu 0,034, no IDHM. No ano de 2011, o estado contava com uma expectativa de 0,644 e no ano de 2014, o índice apontou um valor de 0,678.  Superando a tendência do IDHM do Brasil que ficou em 0,023. Além do Piauí, os estados que mais se destacaram no levantamento foram o Amapá e do Amazonas, com crescimentos de 0,047 e 0,037, respectivamente.

O Radar IDHM nasceu com objetivo de fornecer uma análise atualizada das tendências dos indicadores do Índice de Desenvolvimento Humano em suas regiões.  Desse modo, IDHM monitora as tendências do índice e seus componentes para os anos intercensitários, a análise compreende os anos de 2011 a 2014.

César Fortes, economista e diretor-presidente da Agência de Fomento, ressalta que o avanço do Piauí mostra que o Governo do Estado tem se esforçado para ter índices melhores. “O Piauí vem de um atraso secular enorme. Estamos avançando posições e diminuindo distância, essa colocação mostra que a imagem de patinho feio está ficando para trás. Me lembro que nos anos de 1960, o Nordeste tinha a metade da renda per capita do Brasil e o Piauí tinha metade da renda per capita do Nordeste, ou seja, o nosso atraso era espetacular nessa época”, conta o diretor.

Ainda de acordo com o economista, estes dados comprovam que a velocidade do crescimento do Piauí tem aumentado e que saímos de uma situação de muito atraso até mesmo se comparado com os demais estados do Nordeste.

Composição do Radar IDHM

Este levantamento leva em consideração o IDHM e três subíndices: educação, longevidade e renda. O item educação leva em consideração a síntese entre a escolaridade e a frequência escolar. Neste dado, o Piauí saiu da marca de 0,553 (2011) para 0,612 (2014). Obtendo um crescimento de 0,059, saindo da classificação baixa e indo para a média.

A educação é o subíndice em que o Piauí teve o maior avanço. Segundo César Fortes, a educação é uma das prioridades de crescimento para a gestão do governador Wellington Dias. “O governador solicitou ao estudioso, Ricardo Paes de Barros, um projeto para desenvolver a educação no Estado para que, ao fim desta gestão, com uma classificação alta, no IDH, neste item”, disse.

Ainda de acordo com Fortes, o programa estadual Poupança Jovem, que incentiva a permanência dos jovens na escola, já é fruto desta parceria. Destacando que o desenvolvimento também passa pela revolução educacional.

A longevidade é calculada a partir da expectativa de vida ao nascer, um dos fatores que contribui para o seu crescimento é a queda de mortalidade infantil. A esperança de vida no estado era de 0,752 (2011) e passou a ser 0,761 (2014), crescendo 0,009. Dessa forma o Piauí permanece com índice alto.

“A esperança de vida ao nascer no Piauí é 71 anos. Significa que um bebê que nasce no Piauí deverá viver 71 anos. No Maranhão, a esperança de vida é de cerca de 70 anos e em Santa Catarina, 78 anos, essa disparidade mostra que as condições de vida, renda e educacionais interferem nesse dado”, disse César Fortes.

Já no item renda, o valor é obtido a partir do logaritmo de um único indicador, a renda domiciliar per capita. Nesta marca, o Piauí estava com 0,627 (2011) e ficou com 0,661 (2014), resultando num avanço de 0,034 e se mantendo como médio.

Para diretor da Agência de Fomento, a concentração de renda ainda é um dos pontos mais críticos do Brasil. “Não somos um país pobre, mas ainda somos muito injustos. Por exemplo, a renda domiciliar per capita do Distrito Federal é quatro vezes maior do que a do Alagoas e isso mostra a desigualdade no país”, conclui. 

Fonte: Governo do Estado

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