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PF investiga fraude em rodoanel de São Paulo

A Polícia Federal em São Paulo abriu um inquérito para investigar um possível desvio de dinheiro na

Sexta - 25/03/2016 às 21:03



Foto: Agência Brasil Polícia Federal
Polícia Federal
A Polícia Federal em São Paulo abriu um inquérito para investigar um possível desvio de dinheiro nas obras do trecho norte do Rodoanel nos acréscimos de valores determinados durante a execução do serviço. A obra é tocada pela Dersa, empresa do governo de São Paulo, que contratou serviços de terraplanagem por R$ 423,7 milhões, divididos em vários lotes.

A instauração do inquérito foi relevada pelo jornal "O Estado de S. Paulo", que afirma que o maior acréscimo, de 385,6%, foi registrado no lote 2, sob responsabilidade da construtora OAS, investigada também na operação Lava Jato. Com os ascréscimos, o preço total teria subido para R$ 845,4 milhões.

A PF não informa o valor investigado. Diz apenas que recebeu uma notícia de crime envolvendo supostos desvios de verbas em obras do Rodoanel. A investigação é realizada pela Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros (Delefin).

A Dersa diz que já investiga as denúncias recebidas de um ex-funcionário de empresa prestadora de serviço. Segundo a Dersa, o acréscimo que deve ser considerado em relação aos R$ 423,7 milhões previstos inicialmente é de cerca de R$ 170 milhões, que seriam apenas de serviços de terraplanagem. Isso resultaria num valor atualizado de R$ 593,9 milhões, aumento de 40,2%, o que "está dentro dos limites considerados normais para obras de grande porte", segundo a empresa.

“Os acréscimos nos volumes de desmonte de rocha com uso de argamassa expansiva se justifica pela condição estrutural encontrada nas edificações próximas às obras, sendo, portanto, uma medida de segurança", disse a Dersa, em nota. Ainda segundo a empresa, o acréscimo no lote 2, da OAS, foi de 15,41%.

A Dersa ainda encaminhou a denúncia à Corregedoria Geral da Administração e afirma que não foi notificada pela Polícia Federal sobre a investigação. O caso também é investigado pelo Ministério Público Federal.

O G1 procurou a empresa OAS na manhã desta sexta-feira (25) e aguarda um possível posicionamento sobre o caso. 

Fonte: G1

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