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PF faz buscas nas casas de Ciro e Collor

PF buscas casa Ciro Nogueira Lava Jato

Terça - 14/07/2015 às 11:07



Foto: Assessorias Senador Ciro Nogueira (PP-PI)
Senador Ciro Nogueira (PP-PI)
A Polícia Federal (PF) iniciou na manhã desta terça-feira (14) a operação Politeia, o primeiro grande desdobramento da Operação Lava Jato no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo informações da PF e da Procuradoria Geral da República (PGR), estão sendo cumpridos 53 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Bahia, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas e Santa Catarina.

A força-tarefa faz buscas nas casas do senador Fernando Collor (PTB-AL), tanto em Brasília, quanto em Maceió, e na residência do senador Ciro Nogueira (PP-PI) em Brasília. Nogueira é o atual presidente nacional do PP. Os policiais também estão em busca de documentos na casa do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) e na sede da TV Gazeta de Alagoas, afiliada da Rede Globo, emissora da qual o ex-presidente da República é sócio.

Dos políticos, Collor é o que detém as maiores implicações. O doleiro Alberto Youssef disse, em delação premiada, ter feitos “vários depósitos” para o ex-presidente da República. Segundo o doleiro, os depósitos, feitos em espécie, totalizaram R$ 50 mil. Os comprovantes já foram auditados pela PF. Todos os depósitos foram do “Posto da Torre”, gerido por Habib Charter, aliado de Yousseff. Já Ciro Nogueira e Eduardo da Fonte também foram apontados como beneficiários de repasses do esquema da Petrobras.

O dono da UTC, Ricardo Pessoa, afirmou ter pago R$ 20 milhões à Collor como forma de propina. O presidente do PP teria recebido R$ 2 milhões também de Pessoa.

Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelos ministros do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski nas investigações em curso no STF relacionadas à Operação Lava Jato. As buscas são cumpridas nas residências dos investigados, em seus endereços funcionais, em escritórios de advocacia e nas sedes das empresas a eles vinculadas.

“As medidas são necessárias ao esclarecimento dos fatos investigados no âmbito do STF, sendo que algumas se destinaram a garantir a apreensão de bens adquiridos com possível prática criminosa e outras a resguardar provas relevantes que poderiam ser destruídas caso não fossem apreendidas”, explica o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Segundo Janot, as medidas ora executadas refletem uma atuação firme e responsável do Ministério Público Federal em busca dos esclarecimentos dos fatos.

Como foi

A Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira (14) mandados de busca nas residências do senador e ex-presidente Fernando Collor de Melo (PTB-AL) em Brasília e em Alagoas.

Ele é um dos parlamentares investigados na Operação Lava Jato. Os policiais também estão neste momento na TV Gazeta, em Alagoas, que pertence à família Collor.

O ex-presidente foi citado na delação premiada do doleiro Alberto Youssef como um dos beneficiários do esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Lava Jato. Ele também foi citado pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, em seu depoimento à Justiça.

Outro alvo da operação é o senador e presidente do PP, Ciro Nogueira (PP-PI), um dos investigados na Operação Lava Jato. A busca foi autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki, segundo a defesa do senador.

Há mais de 50 mandados sendo cumpridos na casa de parlamentares citados por envolvidos no esquema de corrupção. Segundo a Folha apurou, as ações executadas nesta terça atingem políticos brasileiros com mandato; alguns deles atuam no Congresso Nacional.

Essa operação –considerada uma “filhote” da Lava Lato– chama-se Politeia e refere-se aos inquéritos originário da Lava Jato que correm no STF e envolvem suspeitos com foro privilegiado. Por isso não estão na Justiça Federal no Paraná, em Curitiba, onde fica o QG das investigações sobre os desvios na Petrobras.

Outro lado

Advogado se Ciro, Antonio Carlos de Almeida Castro diz que a busca era desnecessária.
“O Senador se colocou à disposição, ofereceu seus sigilos, prestou depoimento. Infelizmente no Brasil de hoje os atos invasivos passam a ser a regra”, disse.
 

Fonte: folha de são paulo

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