Peritos do INSS ameaçam entrar em greve para obrigar governo a negocia

Piauí Hoje


A partir da semana que vem, mais de 5 mil médicos peritos da Previdência Social prometem paralisar suas atividades todas as quartas-feiras. Aprovada durante assembléia geral extraordinária realizada ontem (9), em Brasília, a iniciativa é um protesto contra a publicação da Medida Provisória (MP) nº 441, editada pelo governo no último dia 29, que trata da reestruturação remuneratória da categoria.Segundo a Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (Anmp), o movimento de paralisação pode se transformar em uma greve por tempo indeterminado caso o governo não atenda às reivindicações da categoria e reedite ou modifique o texto da MP.Além da paralisação parcial, marcada para começar a partir da quarta-feira (17) da semana que vem, os 60 delegados sindicais aptos a votar na assembléia também aprovaram o indicativo de greve. Com isso, 72 horas depois de avisarem o Ministério da Previdência da decisão, até 60% da categoria poderá deixar de atender os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a qualquer momento. Por dia, em todo o país, são realizadas cerca de 34 mil perícias.O presidente da entidade, Luiz Carlos Argolo, cobra do governo o cumprimento de um acordo que, segundo ele, foi firmado pelo ex-ministro da Previdência Social Luiz Marinho e pelo secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva.Argolo afirma que a MP não foi negociada com a categoria. Segundo ele, os peritos não concordam com o texto porque consideram que perderão status e também algumas das conquistas obtidas durante a última revisão do plano de reestruturação da carreira.A Anmp também quer aproveitar a mobilização para sensibilizar o governo para a necessidade da contratação de mais médicos para a função. Os médicos peritos são responsáveis por endossar casos de aposentadoria por invalidez e a concessão de benefícios como auxílio-doença, licença-maternidade e auxílio-acidente.O Ministério da Previdência preferiu não se pronunciar sobre a possível paralisação por ainda não ter sido comunicado da decisão. A assessoria do órgão também não respondeu às críticas da associação a respeito da MP.

Fonte: Agência Brasil

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