Polícia

Peritos concluem exames no carro onde Camila foi morta

Exame do corpo da estudante revelou que tiro foi disparado de fora do carro

Sexta - 03/11/2017 às 18:11



Foto: Paulo Pincel O Toyota Corolla, onde Camila Abreu foi morta pelo capitão-PM
O Toyota Corolla, onde Camila Abreu foi morta pelo capitão-PM

Os peritos do Instituto de Criminalística da Secretaria de Estado da Segurança Pública concluíram na tarde de quarta-feira (1/11), os exames no Toyota Corolla, azul, placas NIF-8022, de Teresina, pertencente ao capitão-PM Alisson Wattson da Silva Nascimento, 37 anos, acusado de feminicídio contra a estudante universitária Camila Pereira de Abreu,21 anos, morta com um tiro de pistola .40 no rosto, na madrugada de quinta-feira (26/10).

O coordenador da Delegacia de Homicídio, delegado Francisco Costa, o Barêtta, acompanhou o trabalho da perícia, que encontrou vestígios de sangue no interior do veículo, apesar do mesmo ter sido lavado várias vezes em lava-jato, numa tentativa do assassino confesso de Camila Abreu de apagar as provas do crime.

“Ontem, à noite, sai do Instituto de Criminalística, quase dez horas da noite acompanhando os exames no veículo do capitão Allisson, autor do crime, cansado, mas gratificado por não deixar um criminoso impune”, comentou o delegado.

Perito examina o corpo de Camila Abreu. O capitão-PM Alisson Wattson, no detalhe
O corpo no local onde foi desovado pelo assassino

A queima-roupa

Segundo o delegado, Camila foi morta com um tiro à queima-roupa, disparo pelo capitão, que estava em pé do lado de fora do Corolla.  “O ângulo de disparo, tanto em relação ao orifício de entrada, como de saída, diz perfeitamente, à posição e altura do atirador em relação a vítima no momento do disparo. O tiro teve à trajetória e o trajeto de cima para baixo e da direita para a esquerda, mostrando que o atirador estava fora do veículo e em pé. O tiro foi dado à curta distância, ou encostado”, revelou o delegado.

Motivação

Barêtta não tem dúvida da autoria e nem da motivação para o crime, que não é passional ou emocional. “Está claro na investigação que esse capitão da PM, autor desse bárbaro crime contra essa jovem indefesa, não agiu por passionalidade ou violenta emoção, pois em tais situações, verifica-se que o autor do crime não faz questão de escondê-lo, pelo contrário, deixa bem claro que foi ele quem cometeu e o motivo de pratica-lo, ao contrário desse criminoso, que ocultou o corpo numa mata de vegetação fechada e ainda tentou destruir provas”.

Lixo e animais

O delegado acrescenta que o autor da morte de Camila agiu conscientemente ao desovar o corpo próximo a um lixão. “Ele ainda ocultou o cadáver próximo a um lixão, para atrair urubus e outros animais para devorar e destruir o cadáver, pois para esse psicopata, aquela jovem não passava pra ele literalmente de um lixo".

Delegado Francisco Costa, o
Delegado Francisco Costa, o Barêtta, coordenador da Delegacia de Homicídio da SSP-PI    (Foto: Paulo Pincel)

Fonte: Paulo Pincel

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