PCdoB e Pátria Livre oficializam união dos dois partidos

A unidade fortalece a resistência democrática e a oposição a Bolsonaro


Osmar Júnior com Manuela D'Ávila e Elisângela Moura

Osmar Júnior com Manuela D'Ávila e Elisângela Moura Foto: Reprodução

O PCdoB e o PPL aprovaram em suas instâncias de direção a união entre as duas legendas, “cujo encaminhamento prático, legal, é a incorporação do PPL ao PCdoB”, conforme nota divulgada pelas presidências dos dois partidos. "Assim está superada a cláusula de barreira e o PCdoB sai fortalecido", avaliou o ex-deputado federal Osmar Júnior, presidente do PCdoB no Piauí, que participou do ato político em São Paulo que formalizaou a união das duas siglas.

Osmar Júnior divulgou fotos ao lado da presidente da FETAG-PI, Elisângela Moura, suplente de deputada estadual e Manuela D´Ávila,  candidata a vice-presidente da chapa emcabeçada pelo petista Fernando Haddad.

A unidade visa a fortalecer a resistência democrática e a oposição ao governo Bolsonaro. Neste domingo (2), em São Paulo, reuniu as principais lideranças das duas siglas para aclamar a unidade firmada. 

As decisões que selaram, no sábado (1), a união entre o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e o Partido Pátria Livre (PPL) foram precedidas de conversações entre as direções das duas legendas, iniciadas após o segundo turno das eleições presidenciais, em outubro último. Nesses contatos evidenciou-se uma leitura política convergente sobre o Brasil que emergiu das eleições de 2018 e acerca dos novos desafios e responsabilidades das forças progressistas, além de afinidades programáticas entre os dois partidos.

Essa leitura comum do Brasil pós-eleições foi, sinteticamente, divulgada no último 26, em nota à imprensa assinada pela presidenta do PCdoB, Luciana Santos, e pelo presidente do PPL, Sérgio Rubens. 
 

Luciana Santos ao falar na reunião do PCdoB


No seu Informe Político feito na abertura da reunião do Comitê Central, na noite de ontem, sexta-feira, 30 de novembro, Luciana Santos reiterou os termos dessa nota para embasar a defesa que fez da aprovação da incorporação do PPL ao PCdoB. Salientou, também, que as conversações que propiciaram esse processo de união se deram em elevado nível político.
Em linhas gerais, Luciana Santos destacou que o PCdoB e o PPL comungam da análise de que, com a vitória de Jair Bolsonaro, da extrema-direita, nas eleições presidenciais, o Brasil passou a viver um novo ciclo político. Ciclo político no qual estarão sob forte ameaça a democracia, a soberania nacional e os direitos da classe trabalhadora. 

Destacou, também, que há uma visão tática confluente para se atuar nessa perigosa realidade. Impõe-se, “sem hegemonismos nem imposições” a união das mais amplas forças políticas, sociais, econômicas e culturais para se empreender a resistência, exercer a oposição. As forças de esquerda e demais setores progressistas da sociedade são chamados a desempenhar relevante papel na agregação das oposições, tendo como convergência a defesa da democracia, da Constituição de 1988, dos interesses do Brasil, dos direitos da classe trabalhadora.

Tendo como ponto de partida essa análise comum, o PCdoB e o PPL, disse Luciana, desencadearam um elevado diálogo político-programático, buscando uma solução política e jurídica para atender às exigências, na forma da lei, de superação da cláusula de desempenho e assim criar as condições para que sigam desempenhando um papel relevante na resistência democrática e na busca de soluções de fundo para que o Brasil se torne uma nação próspera, democrática, soberana e socialista.

De comum acordo, as direções das duas legendas concluíram, então, que o caminho para que possam cumprir seus compromissos e responsabilidades perante a Nação e a classe trabalhadora, é o da unidade, cujo encaminhamento prático, legal e viável é a incorporação do PPL ao PCdoB. Processo esse assentado na legislação e nos estatutos das duas legendas.

Fonte: Assessoria

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