Partos normais crescem 11,5% com trabalho de humanização no Hospital do Buenos Aires

Hospital inaugurou em setembro de 2016 o primeiro Centro de Parto Normal Municipal


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Quando uma mulher é acompanhada de forma humanizada em um dos momentos mais importantes da sua vida, a experiência de se tornar mãe é única. Foi assim o parto da pequena Ísla Rayanne, filha da Rayra Cristina, 24 anos, no Hospital do Buenos Aires. A mãe teve seu trabalho de parto estimulado com dança. A qualidade do serviço implementada no Centro de Parto Normal, que funciona no hospital da zona Norte de Teresina, provocou um crescimento de 11,5% na quantidade de partos normais feitos no local somente no último quadrimestre do ano passado.

O hospital inaugurou em setembro de 2016 o primeiro Centro de Parto Normal Municipal. Desde então, até janeiro de 2018, foram realizados 1.557 partos humanizados na unidade. Somente nos últimos quatro meses do ano passado, houve um aumento de 11,5% de partos normais. Houve o aumento de 313 partos para 395 partos no local.

Com equipe multiprofissional composta por anestesistas, pediatras, corpo de enfermagem, assistentes, além da equipe de apoio, todos ficam à disposição para intervir somente se necessário, cumprindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que este mês divulgou novas regras para garantir que grávidas saudáveis tenham uma experiência positiva na hora do parto natural. O principal objetivo é reduzir intervenções médicas desnecessárias. A Agência pede que nem a ocitocina nem fluídos intravenosos sejam aplicados para estimular contrações.

“Tive minha filha Ísla Rayanne em novembro de 2017 no Centro de Parto Normal do Buenos Aires. Foi uma ótima experiência, todos muito atenciosos e gostei muito da técnica que eles usaram comigo para melhorar meu desempenho na hora do parto, que foi a técnica da dança”, afirma Rayra Cristina. Os enfermeiros do Centro de Parto Normal do Buenos Aires colocam músicas para a parturiente dançar e ajudar no processo de parto normal.

Humanizar é dar condição humana, é focar na mãe e no bebê, é respeitar a natureza do corpo, dando o protagonismo do trabalho de parto à mulher. Os profissionais estarão presentes para intervir caso necessário e todos os procedimentos são discutidos antes de serem realizados.

“Como enfermeira obstetra eu sempre converso com a mulher. Em geral, a gente não precisa de uma cirurgia, de uma intervenção, a mulher pode e deve parir de forma natural. Parto normal é parto natural, parto feliz. A dor se faz pequena tamanha grandeza e beleza do momento. É recompensadora, gratificante, até mesmo prazerosa para algumas mulheres. Já vi mulher parir sorrindo. É o nascimento de um bebê, de uma mãe, de um pai, de uma família. Parir de forma não intervencionista, humanizada, natural, não cirúrgica é ser ativa no processo, tomar o controle do seu corpo e seguir seu instinto feminino e se deixar guiar”, explica Bruna Maria, uma das oito enfermeiras que atuam no primeiro Centro de Parto Normal da rede pública municipal da capital, localizado na Maternidade do Hospital Buenos Aires, zona Norte da cidade.

Segundo a OMS, a checagem da dilatação deve acontecer a cada quatro horas na primeira fase do parto, isso para mulheres com gravidez de baixo risco. Em relação ao controle da dor, a OMS pede que a anestesia peridural ou o uso de opióides sejam aplicados quando mulheres saudáveis pedirem esse tipo de intervenção.

A Agência recomenda ainda várias técnicas para o alívio da dor durante o trabalho de parto, como relaxamento muscular, música ambiente, técnicas de respiração, massagem e aplicação de bolsas de água quente. Mas isso tudo deve ser feito apenas a pedido da grávida. Além disso, se o trabalho de parto estiver ocorrendo sem problemas, a mulher deve ser estimulada a caminhar e até a receber líquidos e alimentos.

Fonte: PMT

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