Partido Progressista tem 21 dos 51 nomes investigados na Lava Jato

Nesta terça-feira, nova fase da Lava Jato tem como alvos o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI)


Ciro Nogueira

Ciro Nogueira Foto: noticias.uol.com.br

Depois da janela partidária, encerrada no último dia 6, pelo menos 85 deputados trocaram de legenda para disputar as eleições deste ano, informou a Secretaria-Geral da Mesa, órgão da Câmara responsável por acompanhar a movimentação parlamentar. Por um período de 30 dias, deputados puderam trocar de partido sem perder o mandato.

O segundo lugar em adesões ficou com o PP, um dos partidos mais implicados na Lava Jato. Nesta terça-feira (23), o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI) estão sendo alvo de mais uma operação deflagrada pela Polícia Federal, em nova fase da força-tarefa. O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator da Lava Jato na Corte, aponta a necessidade de obter provas referentes a crimes de embaraço à investigação de organização criminosa.

Na contramão das denúncia, no entanto, a legenda chegou a 51 parlamentares, 15 a mais do que elegeu há quatro anos. A legenda não lançará concorrente à presidência da República neste ano, mas tem usado como estratégia para atrair parlamentares a promessa de uma generosa partilha da verba do fundo partidário.

O teto para financiamento de campanhas é de R$ 2,5 milhões, e o que se diz nos bastidores do Congresso é que o PP dará valor próximo a esse aos seus filiados. A proposta "enche os olhos" dos deputados, já que doações da iniciativa privada estão proibidas.

O partido, apesar do crescimento, tem 21 dos 51 nomes que compõem a sigla investigados, sendo 5 já réus no Supremo Tribunal Federal (STF). Conforme destaca O Estado de S. Paulo, a legenda conta com políticos citados no mensalão, na Lava Jato, com ex-presidente preso (Pedro Corrêa), outro quadro histórico preso e hospitalizado (Paulo Maluf), e responde à ação por improbidade. Isso sem contar com a operação de hoje.

"A gente sente orgulho, embora eu não esteja filiado mais ao partido. À distância, torço por ele", disse Pedro Corrêa, que cumpre prisão domiciliar, em Recife, e que já foi condenado no mensalão e na Lava Jato, além de estar com seus direitos políticos cassados desde 2013.

Fonte: Notícias ao Minuto

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