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Parlamento alemão aprova legalização do casamento gay

A Câmara dos Deputados da Alemanha, aprovou nesta sexta-feira (30) a legalização do casamento homossexual

Sexta - 30/06/2017 às 13:06



Foto: Conexão Tocantins LGBT
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O plenário do Bundestag, a Câmara dos Deputados da Alemanha, aprovou nesta sexta-feira (30) a legalização do casamento homossexual no país, um projeto liderado pelos social-democratas, rompendo o acordo de coalizão com os conservadores da chanceler Angela Merkel. A informação é da Agência EFE.

A três meses das eleições gerais, a iniciativa foi apoiada por 393 deputados, recebeu 226 votos contrários e quatro abstenções.

O projeto recebeu o apoio dos deputados do Partido Social Democrata (SPD, sigla em alemão), da Esquerda e dos Verdes, além de integrantes da União Democrata-Cristã (CDU), partido de Merkel, que liberou o voto.

A chanceler foi uma das primeiras a depositar seu voto na urna, colocada no centro do plenário, e escolheu o cartão vermelho, que representava o "não" à legalização do casamento entre homossexuais.

O porta-voz social-democrata, Thomas Oppermann, defendeu o passo dado por seu partido, que forçou a discussão da iniciativa antes do término da legislatura, recuperando um projeto de lei de 2015 que já tinha passado pelo Bundesrat, a câmara alta, e que estava estacionado no Bundestag.

Em nome da União Democrata-Cristã, o líder do grupo parlamentar, Volker Kauder, se transformou em porta-voz dos que defendem que "o casamento é a união entre um homem e uma mulher", mas disse respeitar seus companheiros que têm opinião diferente.

"Eu, pessoalmente, nunca colocarei minha assinatura em algo que represente o casamento para todos, por motivo de consciência", declarou Kauder, que expressou dúvida sobre a constitucionalidade da lei, ao entender que a concepção cristã do casamento está protegida na lei fundamental alemã.

Do mesmo partido, o deputado Khan Marco Luczak defendeu o "sim" ao projeto, ao lembrar que o respeito, o amor e a convivência são valores tradicionais que devem ser defendidos pelos conservadores

Fonte: Agência Brasil

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