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Pais e professores devem observar a visão de crianças em fase escolar

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Quinta - 22/01/2015 às 00:01



O início de ano letivo é a época ideal para pais e professores ficarem atentos aos problemas de visão das crianças. Isso porque, pesquisas realizadas pelas associações médicas americanas indicam que de 8% a 10% das crianças em idade escolar no mundo, apresentam algum tipo de problema de visão. Hipermetropia, miopia e estrabismo, recorrentes nessa fase, podem ser evitados se a rotina de consultas ao oftalmologista-pediatra for mantida logo após o primeiro mês de vida. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a cada minuto, uma criança fica cega no mundo por falta de tratamento adequado contra doenças sistêmicas (sarampo, rubéola e meningite), ferimentos na cabeça ou problemas visuais não detectados no nascimento e nos primeiros anos da vida escolar.

De acordo com o oftalmologista do Hospital de Olhos Francisco Vilar, Clóvis Corrêa, nas crianças, a maioria das vezes, a cegueira está associada a doenças congênitas, mas complicações adquiridas com a rubéola e sarampo também podem levar a perda da visão. Segundo o especialista, até os dois primeiros anos de vida, o tamanho do olho e a capacidade de enxergar das crianças alcançam um desenvolvimento de 90%.

“Dessa forma, é fundamental o acompanhamento de um especialista a cada seis meses nessa fase para detectar problemas como a hipermetropia, que ocorre quando a criança precisa fazer um grande esforço para enxergar o que está mais próximo. Na maioria das vezes, a criança não tem a visão diminuída, mas apresenta dificuldade de se concentrar nas atividades de perto”, explicou.

A falta de atenção durante as aulas e notas baixas no boletim também podem significar muito mais que o desinteresse dos alunos pelos estudos. Essas situações são algumas das principais consequências dos problemas de visão, que afetam cerca de 30% dos estudantes em idade escolar no Brasil, de acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Entre os responsáveis pelo baixo desempenho das crianças em sala de aula está a necessidade de correção ocular em casos de miopia, hipermetropia, astigmatismo e estrabismo, a visão monocular ou a ocorrência de patologias que exigem intervenção cirúrgica.

Por prejudicarem o desempenho dos estudantes em sala de aula, esses problemas são, muitas vezes, descobertos na escola. “A maioria dos pais ignora a recomendação dos médicos e não levam os filhos para fazer avaliação oftalmológica aos 3 anos de idade, ampliando o período de convivência da criança com a dificuldade visual durante os primeiros anos da vida escolar. A partir do momento em que a visão passa a ser mais requisitada pelas crianças é que aparecem os primeiros sinais do problema”, afirma o especialista Clóvis Corrêa.

Atenção

Alguns sinais podem indicar problemas de visão nas crianças:

— Chegar muito próximo ao quadro na sala de aula para copiar os conteúdos
— Ter dificuldade de concentração ao realizar atividades de perto
— Apresentar dores de cabeça durante o horário escolar e dores ou lacrimejamento nos olhos

Fonte: assessoria

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