Foto: Meio Norte

A oposição comemorou ontem (16), na Assembleia Legislativa, como se tivesse marcado um gol no final do segundo tempo da prorrogação do jogo político, onde estão em disputa as eleições de 2016 para prefeito de Teresina e em 2018 para o Governo do Estado.

A turma do contra festejou o possível rompimento do senador Elmano Ferrer (PTB-PI) com os governos petistas de Wellington Dias e Dilma Rousseff, ao reagir à revogação pelo Ministério dos Transportes, da indicação de Ribamar Bastos para a Superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Piauí.

“Se até amanhã não resolver a nomeação do Dnit vou para oposição”, ameaçou Elmano Férrer, durante o lançamento, ontem (15) da campanha “Mulheres na Política”, no Cine Teatro da Assembleia Legislativa.

Os discursos comemorando o racha na base governista foram provocados pelo pronunciamento do deputado Robert Rios (PDT), na tribuna do Legislativo. “Podemos ter duas interpretações. A fala do Elmano é uma chantagem ao governo federal ou o senador já está na oposição. Se o governo voltar atrás e nomear o seu indicado, vai mostrar fraqueza. Se o senador aceitar essa indicação, a sua imagem vai ficar arranhada como um senador chantagista”, disse Robert Rios em discurso da tribuna.

Robert Rios entende que Elmano Ferrer, indo para a oposição, confirma a sua grandeza, que já é reconhecida por todos os piauienses, “um líder, que vamos ter como comandante das oposições e candidato imbatível ao governo em 2018”. Os deputados Evaldo Gomes (PTC) e Marden Menezes (PSDB) pediram a palavra para concordar com o discurso do orador.

Evaldo lembrou que Elmano foi desprestigiado pelo governador Wellington Dias quando da composição do Governo do Estado e agora pelo governo federal, ao não ter acatada a sua indicação para o DNIT.

Marden Menezes ressaltou que Elmano Ferrer invocou a sua votação ao Senado para reclamar respeito ao Piauí. “Não acredito, portanto, que ele volte atrás nas suas palavras. E nós estamos de braços abertos parar recebê-lo”.

Bola fora - Antes de falar sobre a crise na base governista, Robert Rios comemorou a implantação das audiências de custódias pelo Judiciário do Piauí, o que vai evitar a presença de presos nas delegacias e na Central de Flagrantes, oferecendo risco para a população, que busca a autoridade policial para registrar uma ocorrência, para os advogados e os próprios policiais que atuam nas delegacias.

Porém, o deputado também lamentou a decretação da ilegalidade da greve dos policiais civis pela Justiça. “A Polícia Civil reclama direitos legítimos. Os policiais civis não podem baixar a cabeça, mas tem que cumprir a lei e buscar recurso em instância superior”, aconselhou.