Um subtenente da Polícia Militar foi preso na manhã desta segunda-feira (13) acusado de ser o comandante de uma quadrilha especializada em desviar material de limpeza, de expediente e eletrodomésticos do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí. Os produtos estavam armazenados no depósito judicial localizado no bairro Redonda, zona Sudeste de Teresinae seriam distribuídos a todas as unidades judiciárias do Estado.

Segundo a Polícia Civil, o subtenente Givaldo Araújo da Silva era o responsável pela guarda do local e seria o chefe do esquema de desvio. As investigações foram realizadas em conjunto pelo 24º Distrito Policial e o Núcleo De Inteligência da Secretaria de Segurança Pública.

"O subtenente tinha informações privilegiadas do TJ e por isso comandava a ação. Ele desviava e depois revendia esse material. Os funcionários já haviam sentido falta de algumas coisas. Esse crime já era praticado há mais de três meses", informou o delegado Geral, James Guerra, em entrevista ao Notícia da Manhã.

Ao todo foram realizadas quatro prisões, mas o delegado não descarta outros desdobramentos que levem a novos suspeitos. O material levado do almoxarifado incluía mesas, cadeiras e até geladeiras.

“Depeculato” é o termo em latim que deu origem a palavra peculato, crime previsto no Art. 312 do Código Penal Brasileiro, que diz respeito à conduta de “apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio”.

De acordo com a Polícia Civil, após dois meses de investigação, foram colhidas provas de um suposto crime de peculato envolvendo o desvio de material. Foram solicitados quatro prisões preventivas e sete mandados de busca e apreensão à Juíza da 9ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, que foram cumpridos por cerca de quarenta policiais civis.

A apresentação do resultado da operação será feita através de entrevista coletiva a ser oportunamente informada.