Polícia

Greco divulga nomes dos presos na Operação Natureza

O superintendente de Meio Ambiente, Carlos Moura Fé, é um dos presos

Quinta, 30/08/2018 às 11:08



Foto: Reprodução Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO)
Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO)

Atualizada Às 13h40

A Operação Natureza, deflagrada pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), na manhã desta quinta-feira (30), cumpriu sete mandados de prisão, seis em Teresina e um em Brasília (DF), e dez mandados de busca e apreensão, inclusive na Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí (SEMAR).  O superintendente de Meio Ambiente da Semar, Carlos Moura Fé, e um parente dele, empresário César Luiz Barros dos Martírios Moura Fé, foram presos.

Carlos Moura Fé é dono da empresa Cmflorest Projetos Consultoria Ambiental Eireli, que presta consultoria para a Semar. César também é dono da M C Comércio Representacões e Distribuições Ltda.  Outro empresário preso é Tiago Junqueira, dono da Real Regeneração Agroindústria, de Regeneração.

Objetivo

O objetivo da operação, segundo o Greco, é  prender agentes públicos e empresários que cometeram crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, associação criminosa, advocacia administrativa, além de crimes ambientais.

As  investigações foram iniciadas em 2015, depois de denúncia anônima feita à Polícia Federal e encaminhada ao Greco. A investigação revelou atos ilícitos praticados por servidores da SEMAR-PI, tais como desvio de verbas públicas, o uso irregular de bens públicos, emissão de licenças ambientais de forma irregular, dentre outros. 

Mandados

Os mandados foram expedidos pela Dra. Júnia Maria Feitosa Bezerra Fialho, titular da 4ª Vara Criminal de Teresina. Ao todo são 10 mandados de busca e apreensão e sete mandados de Prisão Temporária que foram cumpridos em Teresina-PI, Regeneração-PI, Guadalupe-PI e Brasília-DF. 

Os presos temporários:

Carlos Antônio Moura Fé - superintendente do Meio Ambiente da Semar
Daniele Melo Vieira - auditora ambiental Semar
Fabrício Napoleão Andrade - auditor ambiental Semar
Carlos Alberto do Prado Tenório - empresário
Cézar Luis Barros dos Matírios Moura Fé - empresário
Ivoneta Gontijo dos Santos - empresária
Tiago Maximiano Junqueira - empresário

O valor estimado de prejuízo à Administração Pública é de R$ 3.129.236,04 (três milhões, cento e vinte e nove mil, duzentos e trinta e seis reais e quatro centavos). 

A operação contou como o apoio operacional da Diretoria de Inteligência da SSP e Polícia Civil (DINT), Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), Divisão de Operações Especiais (DOE), Delegacia de Repressão a Crimes de Internet (DRCI), Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), 4º Distrito Policial, Polícia Civil do Distrito Federal, 25º Batalhão do Exército Brasileiro e Tribunal de Contas do Estado.

Coletiva

O Delegado-geral de Polícia Civil, Riedel Batista; o coordenador do Greco, Willame Moraes, e a delegada Rejane Piauilino, também da Greco, concederam entrevista à imprensa às 11h, na sede da Delegacia Geral de Polícia Civil, para fornecer detalhes da Operação Natureza. 

"Alguns empresários tinham acesso aos servidores da Semar que recebiam propinas em troca de facilidade nos licenciamentos nas áreas de carvoarias e plantação de eucalipto", revelou a delegada Rejane Piauilino.

“Há uma demora natural na apuração dos fatos, isso devido aos fatos complexos que demandam muita análise de dados, acompanhamentos também... e temos uma vasta quantidade de provas. A operação demandou muito tempo e esforço. Hoje estamos apresentando os resultados. Na operação, a gente sabe como iniciar, mas não sabemos como vai terminar", acrescentou o delegado-geral.

"É uma investigação onde infelizmente temos servidores públicos envolvidos que vinham praticando crimes, vendendo facilidades, principalmente relacionadas a licenças ambientais em várias situações. Essas facilidades eram oferecidas e em contrapartida existia o pagamento. Foi feito quebra de sigila bancário, fiscal, monitoramento, e todas essas provas estão no inquérito policial, onde algumas peças estão em sigilo e outras nós podemos divulgar”, adiantou Riedel Batista, na entrevista. "Os servidores era coptados dentro das suas respectivas áreas, de carvoarias, plantações, comercialização de objetos que necessitam de licenciamento por meio de pagamento monetário".

Nota do Governo do Estado:

"A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar) informa que está colaborando plenamente com a investigação em curso da Polícia Civil do Estado do Piauí, por meio do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), que investiga crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, associação criminosa, advocacia administrativa, além de crimes ambientais.

As ações dos investigados ocorrem desde 2012 e a Semar se coloca à total disposição para esclarecer quaisquer questionamentos, sempre visando à transparência e o correto funcionamento da administração púbica".

Nota da Secretaria de Estado da Segurança Pública:

"A Secretaria de Segurança Pública e a Polícia Civil do Estado do Piauí, através do Grupo de Repressão ao Crime Organizado – Greco, comunicam que na data de hoje (30), foi deflagrada a Operação Natureza que teve por objetivo prender agentes públicos e empresários que cometeram crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, associação criminosa, advocacia administrativa, além de crimes ambientais.

Foram expedidos pela Dra. Júnia Maria Feitosa Bezerra Fialho, titular da 4ª Vara Criminal de Teresina, dez mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão temporária que foram cumpridos em Teresina-PI, Regeneração-PI, Guadalupe-PI e Brasília-DF. 

As investigações foram iniciadas em 2015, por meio de uma denúncia anônima feita à Polícia Federal e, posteriormente encaminhada ao Greco, visando apuração de ilícitos praticados por servidores da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí (Semar-PI), tais como desvio de verbas públicas, o uso irregular de bens públicos, emissão de licenças ambientais de forma irregular, dentre outros. 

As ações dos investigados ocorrem desde 2012 e o valor estimado de prejuízo à Administração Pública é de R$ 3.129.236,04. 

A operação contou como o apoio operacional da Diretoria de Inteligência da SSP e Polícia Civil (DINT), Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), Divisão de Operações Especiais (DOE), Delegacia de Repressão a Crimes de Internet (DRCI), Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), 4º Distrito Policial, Polícia Civil do Distrito Federal, 25º Batalhão do Exército Brasileiro e Tribunal de Contas do Estado.

O Delegado Geral de Polícia Civil, Riedel Batista e o coordenador do Greco, Willame Moraes, receberão a imprensa hoje (30), às 11h, na sede da Delegacia Geral de Polícia Civil, para fornecer maiores detalhes sobre a Operação. 

Teresina-PI, 30 de agosto de 2018".

Fonte: PC-PI

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: