ONU estima receber 400 mil refugiados após ofensiva em Mossul

A coordenadora das Nações Unidas para o Iraque, Lisa Grande, afirmou que a entidade está se preparando


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ONU Foto: UOL Notícias

A coordenadora das Nações Unidas para o Iraque, Lisa Grande, afirmou que a entidade está se preparando para receber cerca de 400 mil refugiados por causa da ação militar na cidade de Mossul. As informações são da Agência Ansa.

"Estamos trabalhando sem descanso para abrir, dentro das próximas semanas, mais 22 campos de emergência que podem abrigar até 400 mil refugiados em fuga de Mossul", disse a representante, em coletiva de imprensa em Bagdá.

De acordo com a coordenadora, "até o momento, nós temos seis campos capazes de abrigar 60 mil pessoas", mas é estimado que até meio milhão de pessoas fujam do local.

A terceira maior cidade do Iraque está sob fogo cruzado após o premier do país, Haidar al-Abadi, anunciar uma grande operação para retirar a localidade das mãos do Estado Islâmico (EI). O controle dos jihadistas já dura mais de dois anos e Mossul é considerada a "capital do Califado" proclamado pelo EI.

Na época em que os extremistas tomaram a cidade, em 2014, as imagens de mais de meio milhão de pessoas fugindo a pé rodaram o mundo e alertaram os países "aliados" dos iraquianos de que a situação estava saindo do controle.

Lisa Grande destacou ainda que os traficantes de seres humanos já começaram a atuar na cidade e estão cobrando "cerca de US$ 10 mil" para retirar quem quer fugir do confronto.

Segundo a coordenadora, antes da ofensiva, esse valor girava em torno dos US$ 1,5 mil.

Itália

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Paolo Gentiloni, afirmou que a ação militar no Iraque – que conta com o apoio da coalizão para derrotar o EI –, não deve "repetir" os erros já cometidos por tropas estrangeiras.

"Não pode-se repetir os erros do passado. Não basta libertar Mossul, será preciso gerir a fase sucessiva de maneira inclusiva e estável", disse Gentiloni lembrando que a Itália é o segundo país com mais tropas militares no território iraquiano – atrás apenas dos EUA.

Fonte: Agência Brasil

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