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Ódio no Brasil: Pai mata filho por participar de movimentos sociais

O crime aconteceu na cidade de Goiânia, o engenheiro depois de matar o filho com quatro tiros se suicidou

Quarta - 16/11/2016 às 17:11



Foto: Divulgação Pai mata o filho por participar de movimentos sociais
Pai mata o filho por participar de movimentos sociais

Repercutiu ontem na mídia brasileira, o assassinato do jovem, Guilherme Silva Neto, de 20 anos, pelo próprio pai, o engenheiro Alexandre José da Silva Neto, o motivo seria a participação do jovem nas ocupações escolares contra a PEC 55 e participação em movimentos sociais, o pai não aceitava o envolvimento do filho nos protestos. O crime aconteceu na cidade de Goiânia, o engenheiro depois de matar o filho se suicidou.

Mas como esses jovens que participam de movimentos sociais são tratados pelos familiares? Como é deixar a vida confortável na família e correr riscos lutando pelo bem da coletividade, por valores éticos, de igualdade, de respeito? Existe criminalização dos movimentos sociais por parte da grande mídia e ou outros setores?

Para Thaís Guimarães, estudante do 7º período de jornalismo e que faz parte do movimento que está ocupando a reitoria da Ufpi contra a PEC 55, existe sim um discurso de ódio no Brasil contra os movimentos sociais.

Sim existe preconceito, existe ódio, isso é claro. O que aconteceu com o Guilherme ( jovem morto pelo pai) nada mais é do que um retrato de discurso de ódio que existe no país, que é reproduzido por seguidores da extrema direita, quantos Guilhermes ainda morrem ou poderão morrer vítimas desse discurso de ódio que tem aumentado nos últimos anos no país?

Jovem é homenageado durante protesto em campus ocupado da UFGJovem é homenageado durante protesto em campus ocupado da UFGFoto: (Foto: Diomício Gomes/O Popular)

A estudante diz que, felizmente, a relação de todos que participam do Movimento Ocupa UFPI com suas famílias é de apoio.

“A relação que eu tenho com meus familiares é tranquila, principalmente por parte da minha mãe. No geral, o que existe muito é apreensão por parte dos pais de quem faz parte do movimento, pois quem participa de movimentos sociais é criminalizado e corre riscos de morte por parte do estado, da polícia ou dos setores mais conservadores da sociedade, existe apreensão por parte dos pais, acho que é um sentimento comum por alguém que ama seus filhos”, afirma Thaís Guimarães.

João Pedro e Dona Carmélia: abraço de preocupação de mãe e apoio à causaJoão Pedro e Dona Carmélia: abraço de preocupação de mãe e apoio à causaFoto: Divulgação

Longe do discurso de ódio, no campus do Instituto Federal do Piauí (IFPI), dona Maria Carmélia, mãe do aluno João Pedro, desde o começo das ocupações tem ido até o local para apoiar a causa e abraçar o filho.

Fonte: Samuel Brandão

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