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Número de assassinatos em Teresina aumentou mais de 100% em 4 meses

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Segunda - 08/08/2011 às 03:08



 O município de Teresina está numa escala ascendente galopante com relação ao número de crimes letais intencionais. Num curto período de quatro meses, entre abril e julho, o número de assassinatos na Capital do Piauí teve um aumento de 108%. Os dados são de uma pesquisa mensal realizada pelo Sinpolpi - Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Piauí.

Segundo os números da pesquisa, em abril foram registrados 12 assassinatos em Teresina, já em julho este número subiu para 25 casos. A pesquisa mostra que a criminalidade cresceu significativamente no período. Em maio aconteceram 14 homicídios e/ou latrocínios e em junho o número já deu um salto gigantesco pulando para 23 casos.
Com relação ao mês de julho a pesquisa mostra que na Capital do Piauí, registrou-se mais do que o dobro do número de assassinatos no referido quadrimestre. Em julho, em todo o Estado aconteceram 43 assassinatos e somente em Teresina ocorreram 25(58%) destas mortes. Sendo mais da metade(56%) praticados por instrumentos pérfuro-contundentes, mais conhecidos por “bala” oriundos de uma arma de fogo.

Nos últimos três meses a zona mais violenta da capital continua sendo a Leste. Sendo que neste mês de julho, nesta zona ocorreram 10(40%) casos, seguida pela Sul com 06(24%), Sudeste com 05(20%) e por último a Norte com 04(16%) dos assassinatos ocorridos em Teresina.
Dentre os municípios, o mais violento no mês passado foi Elesbão Veloso a cerca de 130 quilômetros ao Sul da Capital que registrou três assassinatos. Um lavrador matou a ex-esposa e a mãe dela com golpes de faca e foi abatido pelo ex-sogro a tiros de espingarda. Em segundo lugar ficaram os municípios de Parnaíba, Picos e Altos, na Grande Teresina com um total de dois casos cada.
Para o presidente do Sinpolpi, Cristiano Ribeiro, os números mais uma vez mostram a falta de compromisso com a segurança pública por parte do Governo do Estado. Nas delegacias, sem estruturas físicas e condições de trabalho, faltam policiais civis(escrivães, agentes e peritos) para melhor investigar esses crimes contra à vida e dá uma melhor resposta à sociedade e o Governo não faz um concursos público para contratar mais pessoas nem investimento na Polícia Judiciária do Piauí.
No interior a situação é ainda pior porque falta até mesmo autorização de abastecimento para o combustível das viaturas. Há cidade em que são apenas R$ 50(cinqüenta reias) destinados a compra da gasolina para o mês inteiro, valor irrisório porque são grandes distâncias a percorrer, principalmente agora que não há delegacias com policiais civis em muitas cidades do estado e uma central de flagrante fica em um município distante o que obriga a grandes deslocamentos.
Existem muitos casos em que os policiais estão pagando do próprio bolso o combustível consumido pela viatura quando a vítima, vendo a precariedade da delegacia e no desejo de ver o problema solucionado, não banca o combustível.

Fonte: Da redação

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