Geral

Número de assassinatos em Teresina aumentou 183% em 5 meses, diz Sinpo

agosto Piauí recorde assassinatos

Quinta, 08/09/2011 às 11:09



Ha cada mês de 2011 o Estado do Piauí vem batendo um recorde atrás do outro no número de crimes letais intencionais (homicídios dolosos e/ou latrocínios) ocorridos. Em agosto o fato não foi diferente, foram registrados 53 assassinatos. No período de abril a agosto do corrente ano, só a Capital teve um aumento percentual de 183% neste tipo de delito. Os dados são de uma pesquisa mensal realizada pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Piauí (Sinpolpi).

Segundo a pesquisa, no mês passado houve um incremento percentual de 26% ou 11 crimes a mais em relação ao mês de julho dos crimes letais intencionais ocorridos no estado, sendo que 48% foram praticados por arma de fogo.

Em agosto Teresina continuou sendo mais violenta do que todos os municípios do interior do Estado juntos, tendo 64%(34 casos) de todos os crimes contra a vida.(veja gráfico). Com relação aos números de agosto, a zona Leste foi a mais violenta da Capital com 32%(11), sendo desse total, 82%(09) praticados por instrumento perfuro-contundente(projétil de arma de fogo), seguidos das zonas Sudeste e Sul com 23%(08) cada uma.
No interior do Estado, a cidade de Parnaíba foi a mais violenta com 26%(05) dos casos ocorridos fora da Capital. Também um recorde constatado pelo estudo e investigação sobre o assunto. Nas últimas pesquisas essa cidade do litoral do Estado tem sempre ficado entre as primeiras em número de crimes previstos no artigo 121 do Código Penal Brasileiro, às vezes se revezando com Picos que em agosto registrou “apenas” dois assassinatos.

Para o presidente do Sinpolpi, Cristiano Ribeiro, enquanto não houver uma atitude séria por parte das autoridades da área de Segurança Pública do Piauí, infelizmente estes números tenderão a aumentar como já se percebe pelas pesquisas realizadas.

O sindicalista lembra que há um déficit muito grande de policiais civis, somos um total de apenas 1352 policiais civis(delegados, peritos, agentes e escrivães) para atender todo o estado. Em muitas cidades do interior as delegacias foram fechadas ficando apenas um ou dois policiais militares com coordenador policial civil para atender diversas cidades circunvizinhas e com lotação em municípios às vezes localizados a mais de 100 quilômetros daquela comunidade, fato que dificulta na hora de fazer uma diligência e autuar um detento em flagrante, por exemplo, sem contar o problema com a falta de combustível, as viaturas sucateadas e a insalubridade do local de trabalho.

Para completar, a única Central de Flagrantes de Teresina agora é responsável por mais 14 municípios da Grande Teresina que junto à população da Capital chega a mais de um milhão de habitantes.

Fonte: Da redação

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: