Economia

Novo remédio promete tratamento barato para cardíacos

Piauí Hoje

Terça - 20/05/2008 às 03:05



LONDRES - Pesquisadores espanhóis iniciaram os testes clínicos de uma pílula "três em um" para prevenir ataques cardíacos, que eles esperam poder lançar mundialmente em 2010 por menos de US$ 10 (R$ 16,50) ao mês. Os primeiros pacientes começaram a tomar a chamada "polipílula" mês passado e um total de 600 pessoas serão recrutadas para os testes, disseram os médicos nesta segunda-feira, 19.Seus defensores dizem que uma nova droga com uma combinação de baixo custo poderia salvar milhões de vidas, particularmente em países em desenvolvimento, onde a maior parte dos ataques cardíacos ocorre. Francisco de Paula Rodriguez Perera, diretor do Centro Nacional Espanhol de Pesquisas Cardiovasculares, disse ser provável que o remédio seja lançado inicialmente na Espanha e em partes da América Latina, mas que deve estar disponível mundialmente até o final de 2010. A polipílula contém três drogas estabelecidas - aspirina, uma estatina, que abaixa o colesterol, e um inibidores da enzima de conversão da angiotensina, para a redução da pressão arterial - e foi desenvolvida para prevenir que pacientes de ataques cardíacos tenham ataques recorrentes.Até o momento, esse tipo de paciente tem que tomar diversos remédios, o que é bastante caro. Também, devido à quantidade, eles freqüentemente acabam esquecendo de tomar os medicamentos na hora certa. "Eu acredito que em cinco anos nós teremos diversas ofertas desse tipo no mercado. Haverá polipílulas para cada uma das diferentes fases do tratamento", disse o pesquisador.O Instituto Wolfson londrino de Medicina Preventiva, por exemplo, espera começar a testar uma polipílula "cinco em um" a ser ministrada a qualquer um de mais de 55 anos, independentemente de seu histórico de saúde. Cardiologistas têm falado sobre o desenvolvimento de polipílulas há anos, mas os planos de produção foram complicados por rivalidades entre grandes companhias farmacêuticas, que querem promover produtos com patentes.No entanto, nos últimos tempos os problemas têm diminuído. Muitas boas drogas estão disponíveis em formas genéricas baratas e pequenas companhias têm mostrado interesse crescente no conceito de combinação de drogas.

Fonte: Agências

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