Novo decreto anti-imigração de Trump sofre primeiro revés judicial

O decreto proíbe a entrada dos refugiados durante 120 dias


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Trump Foto: Alagoas 24 Horas

O decreto do presidente Donald Trump proíbe a entrada dos refugiados durante 120 dias e a concessão de vistos durante 90 dias a cidadãos do Irã, Líbia, Síria, Somália, Sudão e Iêmen

O novo decreto migratório do presidente Donald Trump enfrentou seu primeiro obstáculo judicial quando um juiz federal suspendeu provisoriamente, a medida para a esposa e o filho de um refugiado sírio nos Estados Unidos.

Paralelamente, várias organizações de defesa dos direitos civis e dos refugiados anunciaram que apresentarão um recurso na Justiça contra o decreto, que será analisado em 15 de março, na véspera da sua entrada em vigor.

O juiz federal de Wisconsin, William Conley, considerou, em uma decisão preliminar que se aplica apenas a um sírio que tinha recebido asilo no país e à sua família, que a parte demandante "corre o risco de sofrer um dano irreparável" se o decreto for aplicado.

O refugiado sírio pediu que sua identidade não fosse revelada porque sua esposa e seu filho ainda vivem em Aleppo, uma das cidade mais afetadas pela guerra no país.

Esta é a primeira medida judicial contra o novo decreto de Trump para fechar temporariamente as fronteiras americanas aos refugiados e a cidadãos de seis países de maioria muçulmana.

O decreto proíbe a entrada dos refugiados durante 120 dias e a concessão de vistos durante 90 dias a cidadãos do Irã, Líbia, Síria, Somália, Sudão e Iêmen.

Trata-se de uma versão modificada do decreto implementado em 27 de janeiro, que terminou sendo suspenso em 3 de fevereiro por um juiz federal de Seattle depois de provocar uma onda de indignação no mundo.

O tribunal de Wisconsin marcou uma audiência para 21 de março e, embora admitindo possíveis "diferenças significativas" entre as duas versões do decreto, indicou que os argumentos a favor da suspensão poderiam ser apoiados por "outros tribunais".

Organizações como a poderosa ACLU, defensora dos direitos civis, e vários estados como Washington, Maryland, Massachusetts, Minesota, Nova York e Oregon, empreenderam uma batalha legal contra o decreto, anunciando a apresentação de novos recursos nos tribunais federais.

A Casa Branca afirma que defende o decreto para reforçar a segurança nacional e aplicar uma política de "verificação extrema" nas fronteiras para impedir a entrada de extremistas jihadistas.

Fonte: UOL

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