No Brasil, Street View estreia com cadáveres

Piauí Hoje


Após 150 mil quilômetros de ruas fotografadas e catalogadas, o Brasil foi o primeiro país na América Latina a contar com o serviço Street View do Google. Desde ontem, já é possível ver na internet, pelo Google Maps, imagens de mais de 51 municípios, com cenas das regiões de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e de áreas metropolitanas, como São Bernardo do Campo (SP), Niterói (RJ) e Curvelo (MG), além das cidades históricas de Minas Gerais (Congonhas, Mariana, Tiradentes, Diamantina, São João Del Rei e Ouro Preto)."O Google Street View transforma o modo com que o internauta interage com mapas, ao permitir caminhar virtualmente pelas ruas, vendo imagem em 360º de ótima qualidade, com giro panorâmico e zoom, proporcionando uma experiência como se ele estivesse realmente por lá", afirmou Marcelo Quintella, gerente de produtos do Google Brasil. "Agora vamos trabalhar para continuar cobrindo outras cidades e incluí-las no serviço", completou.No entanto, o que tem chamado mais a atenção são as cenas inusitadas, principalmente, de cadáveres nas ruas. Uma das imagens foi fotografada no Rio de Janeiro (Avenida Rio Branco) e a outra em Belo Horizonte (Rua Fidelcino Rocha). A empresa de buscas agiu rápido e já retirou do ar a imagem captada no Rio, mas não se pronunciou sobre o caso.No lançamento da ferramenta, o Google salientou que para qualquer imagem imprópria ou que agrida o usuário, há um link na parte inferior da página que permite descrever o problema. Ao receber a reclamação, a empresa providencia a retirada da imagem após um estudo.No fim do mês passado, o serviço foi proibido na República Tcheca, pois autoridades do país consideraram que o Street View invadia a privacidade dos fotografados. Houve problemas semelhantes também na Alemanha, na Espanha e no Reino Unido. Em maio, a empresa programou o software utilizado na captura das imagens nesses países para também bisbilhotar qualquer rede wi-fi que estava sem proteção. Foram coletadas informações do nome da rede e endereços utilizados para identificar os equipamentos que se conectam ao aparelho. O Google afirmou que foi um erro e prometeu destruir os dados.Na página do serviço, o Google se defende, dizendo que dispõe de tecnologia para preservar a privacidade. Embaçar rostos e placas de carro foi uma das soluções encontradas para reduzir o número de processos. Além disso, alerta aos usuários que as imagens não são transmitidas ao vivo.DE CARRO E TRICICLOPara fazer um retrato das ruas, o Google usa uma câmera que fotografa em 360º acoplada ao carro. No entanto, para lugares onde não é permitido o uso de automóveis, a empresa providenciou um triciclo. O Google Trike é adaptado e equipado com os mesmos tipos de câmeras disponíveis nos carros para a captação de imagem. Por ser um veículo leve, sem motor, ele pode trafegar por parques, praças, orla do mar e estádios de futebol, tornando o serviço ainda mais completo.

Fonte: Agências

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