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Nelson Nery defende "desobediência civil" em livro a ser lançado neste sábado (27)

"Agora, em 2018, a pergunta que não quer calar - o que virá pela frente?

Sexta - 26/10/2018 às 19:10



Foto: Ai Comunicação Nelson Nery
Nelson Nery

Na véspera da realização do segundo turno das eleições presidenciais e seus possíveis desdobramentos para a democracia brasileira, o advogado e presidente da Academia Piauiense de Letras, Nelson Nery Costa, lança a terceira edição do seu livro "Teoria e Realidade da Desobediência Civil", fruto de sua tese de mestrado em que contextualiza e explana o conceito de desobediência civil, relatando os fatos que levaram o Brasil à ditadura até a redemocratização. A obra será lançada durante coquetel neste sábado (27), às 10h, na sede da Academia Piauiense de Letras.

"Agora, em 2018, a pergunta que não quer calar - o que virá pela frente? Conseguirá o país sair das agruras de ser governado por pessoas constantemente acusadas de corrupção e de desvio de conduta? Não se sabe ainda quem será eleito o novo Presidente da República e o que pode ofertar para tranquilizar a sociedade em convulsão e em conflito. Não se consegue ver adiante, mas o futuro está logo ali. Assim, deseja-se a esperança, sonha-se com melhorias sociais, ambiciona-se por instituições políticas efetivamente democráticas e sugere-se a elaboração de políticas públicas voltadas para o interesse das pessoas e das comunidades", afirma.

A obra recorre aos principais autores da ciência política, filosofia e sociologia de todos os tempos para explicitar o conceito de desobediência civil e coloca a história recente do Brasil como um exemplo do movimento social contra a ditadura e em busca da redemocratização. Vários países vêm passando por movimentos semelhantes e, na apresentação da obra, contextualizando com a situação atual do país, o autor reafirma a desobediência civil como um símbolo de conquistas.

"E a desobediência civil? Ainda tem validade? Certamente que sim, pois chegou a ficar, com a Greve de Maio de 1978, no ABCD paulista, que derrotou as grandes montadoras e fábricas metais-mecânicas, a Justiça do Trabalho e o Governo Militar. Desde então, continuou a ser praticado por várias organizações colegiadas, como o movimento sem terras, os sem tetos, o movimento indigenista, as feministas, o movimento LGBT e até os Black bloc, que já teve mais força. A desobediência sempre vai ser vista com desconfiança pelas forças de direita, nem sempre com simpatia pela esquerda, mas será para sempre um símbolo da conquista dos movimentos sociais e da democratização do Brasil, no final do século XX e no começo do século XXI", finaliza.

Fonte: AI Comunicação

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