Nazareno Fonteles discutirá crise mundial de alimentos em Roma

Piauí Hoje


A convite do Ministério das Relações Exteriores, o Coordenador-Geral da Frente Parlamentar da Segurança Alimentar e Nutricional no Congresso Nacional, deputado federal Nazareno Fonteles (PT-PI), participará da "Conferência de Alto Nível sobre a Segurança Alimentar Mundial: os Desafios da Mudança Climática e da Bioenergia". O evento, promovido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), acontecerá em Roma, Itália, entre os dias 3 e 5 de junho.O objetivo da Conferência é abordar a segurança alimentar e nutricional e a redução da pobreza em face às mudanças climáticas e o abastecimento energético. Governantes, legisladores e especialistas de todo o mundo vão discutir os desafios dos setores alimentar e agrícola com a mudança climática e os biocombustíveis, e identificar os passos necessários para resguardar a segurança alimentar. Nazareno foi designado formalmente pelo presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia, para representar a Casa em Missão Oficial no evento.Na opinião do parlamentar, a conferência não poderia acontecer em momento mais propício, uma vez que, mais do que nunca, os países estão sendo convocados a enfrentar o desafio da crise mundial de alimentos. O deputado cita dados recentemente divulgados pela FAO mostrando que, todos os dias, 850 milhões de pessoas, em todo o mundo, dormem com fome. "820 milhões dessas pessoas vivem em países em desenvolvimento e serão as mais afetadas pela mudança no clima", alerta. Na Conferência de Roma governos, organizações internacionais e a sociedade civil se debruçarão para responder ao desafio de desenvolver estratégias apropriadas para acabar com a fome e a desnutrição.Para o deputado Nazareno, uma das saídas para superar a crise mundial de alimentos é investir mais na produção local, que além de facilitar o acesso à alimentação, gera emprego e renda, preserva o meio ambiente e melhora a qualidade de vida da população, principalmente quando não são utilizados agrotóxicos ou outros insumos dependentes do petróleo. "Só diminuiremos o risco de crise se valorizarmos mais a agricultura familiar, que hoje fornece cerca de 70% dos alimentos que são consumidos no país. Quanto mais as industrias multinacionais comandarem o mercado de alimentos, enchendo com produtos de fora as prateleiras dos supermercados, pior será a crise mundial de alimentos e maior a elevação do custo de vida e dos danos à saúde e ao meio ambiente", comenta o deputado.Recentemente, em Brasília, Nazareno participou da 30ª Conferência Regional FAO para a América Latina e Caribe, que avaliou as ações do organismo nos últimos dois anos na região e definiu as áreas prioritárias de trabalho para o próximo biênio. Na abertura dessa conferência, o presidente Lula criticou duramente o protecionismo agrícola das nações ricas e o desinteresse desses países em acabar com a fome mundial, e ainda cobrou a adoção de políticas globais comprometidas com a superação do problema.Luiz Inácio Lula da Silva também participará da Conferência em Roma. Na opinião do presidente, expressa na reunião de Brasília, os preços dos alimentos estão subindo, não por conta da produção de biocombustíveis, mas, sim, por outras razões, como a alta dos preços do petróleo, que eleva o valor dos fretes e dos insumos agrícolas e, também, porque "o mundo não estaria preparado para ver milhões de chineses, indianos e brasileiros comerem três vezes ao dia".Em consonância com este posicionamento, Nazareno Fonteles elogia a preocupação do presidente com o direito humano à alimentação adequada, demonstrada com ações concretas, como o fortalecimento de programas como o Pronaf, Compra Direta, Bolsa-Família e a Alimentação Escolar, entre outros. "Os biocombustíveis e a segurança alimentar devem andar juntos nesse país, complementando-se e respeitando os direitos sociais das populações mais vulneráveis", afirma o deputado.

Fonte: Redação do Piaui Hoje

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