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Mutirão de audiências resgata cidadania de trabalhadores rurais

Justiça Piauí União Advogados BEC

Quarta - 19/11/2014 às 18:11



Foto: Arquivo Sede do Superior Tribunal de Justiça
Sede do Superior Tribunal de Justiça
A Justiça Federal no Piauí realiza, até o próximo sábado (22), Mutirão de Audiências Previdenciárias em Picos. O evento foi organizado pela Subseção Judiciária de Picos e acontece no Centro de Educação Profissional Petrônio Portela (PREMEN), bairro Canto da Várzea, e conta com a parceria da Defensoria Pública da União, Prefeitura de Picos, Ordem dos Advogados do Brasil – OAB/Picos, INSS e Batalhão de Engenharia e Construção – BEC de Picos.

As audiências do Mutirão são conduzidas simultaneamente por oito juízes federais e a expectativa é movimentar R$ 20 milhões em benefícios previdenciários.

“Picos é uma região polo de trabalhadores rurais, o que amplia a importância do mutirão. Mais de duas mil famílias serão alcançadas por essa ação da Justiça Federal. Nosso objetivo é tentar possibilitar a formalização de acordo entre o INSS, que cuida da matéria previdenciária em todo o país, e os segurados, que buscam a aprovação dos benefícios negados na esfera administrativa. Ao final do mutirão, teremos atendido mais de 10 mil pessoas, entre autores de processos, testemunhas e advogados. Os benefícios aqui assegurados irão movimentar a economia de toda a região e – mais que isso – darão um novo sentimento de cidadania a essas pessoas, que terão resgatada a sua cidadania financeira”, destacou o juiz federal Flávio Marcelo Sérvio Borges, coordenador do Mutirão de Audiências da Subseção Judiciária de Picos.

O agricultor José Barbosa Lima Sobrinho, 58 anos, sabe bem o quanto significa esse resgate da cidadania econômica. Com um diagnóstico de hérnia de disco e sem conseguir trabalhar desde 2011, teve assegurada a sua aposentadoria por invalidez durante o Mutirão.

“Trabalhei a vida toda na roça e em 2011 a coluna não deixou mais. Fui ao médico, mas não consertou, não teve jeito. É muito triste não poder trabalhar. Mais triste ainda é ficar sem dinheiro pra nada, nem pra comer, nem pra comprar os remédios. Moro no interior de Valença e já tinha até perdido a esperança. Aí vem outro tipo de doença: a preocupação em pagar as contas. A gente encontra quem confie na gente e ajude, vendendo fiado, mas é preciso honrar essa confiança. Esse dinheiro vai ser bom demais, porque vou pagar meus compromissos e agradecer a quem confiou em mim. Vou me mostrar digno dessa confiança. Receber os atrasados vai me ajudar a pagar essas contas e a guardar um dinheirinho pro futuro. E o dinheiro da aposentadoria, todo mês, eu vou usar pra me alimentar e pra cuidar da saúde. O dinheiro será muito útil, mas não é o que vale mais. O que importa não é o valor que vou receber, é a tranquilidade de poder viver, de agora em diante, sem dívidas. Eu nunca vou esquecer o dia de hoje”, comentou José Barbosa Lima Sobrinho

Fonte: Justiça Federal do Piauí

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