Música e arte ajudam na recuperação de pessoas que tiveram AVC

A arteterapia e a musicoterapia são algumas das atividades oferecidas no Ceir para reabilitação de pacientes.


Arteterapia no Ceir

Arteterapia no Ceir Foto: Ascom Ceir

Com apenas sete anos, Tiago Silva sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame cerebral. Hoje, com 25 anos, o jovem precisa de tratamento contínuo para amenizar as sequelas da doença.

A fala com dificuldade e espasmos musculares são alguns dos sintomas presentes no Tiago, também encontrados na Rosângela Figueiredo. Há cinco anos, após realizar um transplante de rins, ela sofreu um AVC. Agora, aos 47 anos, está cadeirante e lutando a cada dia por evoluções no tratamento.

Toda semana, Tiago e Rosângela se reúnem com os amigos que, juntos, formam a banda Tocando Em Frente. Cada um fica responsável por fazer o som de um instrumento e na voz aparece a do músico Ronaldo Bringel, que também sofreu um AVC.

“Eu era sedentário, fumante, hipertenso, não tomava remédio para controlar a pressão. Tinha vários prenúncios de que teria essa doença, mas não acreditava”, conta Ronaldo, que tem 58 anos e está se recuperando desde 2012.
 

Ao lado de Ronaldo, surge a voz do Carlos Lobato, de 59 anos. “Eu fiquei totalmente sem voz, depois ela foi ressurgindo trêmula e agora estou conseguindo falar”, conta Carlos, lembrando que sofreu um AVC há dois anos.

O encontro dessas pessoas ocorre na sala de musicoterapia do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), onde Nydia Monteiro acompanha cada evolução. “O AVC é uma doença que ocasiona lesões cerebrais, afetando movimentos, voz, memória e humor. E a musicoterapia trabalha com estímulos para ajudar a recuperar essas perdas”, explica a musicoterapeuta.

Arteterapia na reabilitação

Do outro lado, na sala de arteterapia do centro, também há encontros de pessoas que sofreram um AVC. Entre elas, estão a Socorro Oliveira, de 65 anos, e a Lúcia Cordeiro, de 62 anos.

Socorro sofreu a doença há três anos e lembra que um dos sintomas que sentiu foi dormência na mão. Além dele, há outros indicativos, a exemplo de fraqueza em partes do corpo, dificuldade na fala, boca torta, perda de visão, tontura ou desequilíbrio, entre outros.
 

Um dos fatores que culminou para o AVC de Socorro foi a hipertensão. “Ela estava usando os mesmos remédios para controlar a pressão há 10 anos e parou de tomar. Quando ela me ligou disse que estava passando mal e eu não sabia que os sinais que ela estava me dando eram os dessa doença”, conta Lourdes Cruz, filha de Socorro, acrescentando que a arteterapia ajudou a mãe a recuperar um pouco da coordenação motora da mão.

A arteterapeuta Manu Sato explica que esse tratamento usa elementos artísticos para estimular o paciente durante a reabilitação, por meio da pintura, colagem, desenho, artesanato, reciclagem e crochê. “Além de trabalhar partes lesionadas pelo AVC, a arteterapia contribui para a autoestima, facilitando a socialização e fazendo com que o paciente descubra novas habilidades, criatividade e talento”, destaca Manu.

É o caso da Lúcia Cordeiro, companheira da Socorro, que não perde a concentração durante as atividades. “A arte tem ajudado muito no meu tratamento”, diz rápido, com o olhar fixo na terapia. Ela sofreu AVC em 2012 e ainda precisa controlar a pressão alta.
 

Para esclarecer sobre o que pode provocar a doença, os seus sinais e tratamento, o Ceir está promovendo a sétima edição da Semana de Combate ao AVC no Piauí, que será realizada do dia 24 a 29 deste mês, em Teresina e nos municípios de Luzilândia, Madeiro e Esperantina. A ação será encerrada com um simpósio sobre o AVC, no auditório do centro.

Fonte: Governo do Estado

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