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BOQUEIRÃO DO PIAUÍ

Terreiro de umbanda é incendiado em Capitão de Campos

O local tinha teto e paredes de palha de coco e tudo foi consumido pelas chamas em menos de cinco minutos

Da Redação

Domingo - 27/12/2020 às 09:41



Foto: Campo Maior em Foco Terreira de umbanda ficou totalmente destruído
Terreira de umbanda ficou totalmente destruído

A casa “Tenda Nossa Senhora Aparecida”, terreiro de umbanda da cidade de Boqueirão do Piauí, foi totalmente incendiada na última terça-feira (22). Um dos responsáveis pelo local, "Maycon de Oxum", denuncia que eles foram vítimas de crime de intolerância religiosa e diz que o lugar já vinha sofrendo ameaças de pessoas, inclusive ligadas a grupos políticos do município. 

Representantes da Gerência de Enfrentamento a Intolerância Religiosa, da Superintendência dos Direitos Humanos da Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc), estiveram na cidade nesse sábado (26) para acompanhar o caso e cobrar uma investigação das autoridades. A situação foi denunciada na delegacia de Capitão de Campos. 

O local tinha teto e paredes de palha de coco e tudo foi consumido pelas chamas em menos de cinco minutos, segundo Maycon. Ele e o outro zelador, Léo D'oxala, ainda estavam dentro de sua casa se preparando para irem ao trabalho quando perceberam que o barracão, que fica ao lado da casa de morada, já tinha chamas de fogos.  “Já sofremos ameaças de pessoas da cidade, inclusive por partes políticos, porque nos manifestamos contra um grupo político do município, que ameaçaram tocar fogo em nossa loja. Estamos observando muito essa situação e juntando as peças para não ser levianos contra ninguém. Mas acreditamos que foi uma pessoa que veio e tocou fogo em nosso barracão” completou. Ainda segundo ele, à noite seria comemorado quatro anos do terreiro e o local estava ornamentado, com vários freezers com bebidas que seriam vendidas durante o evento.

O responsável pelo terreiro finalizou dizendo que os prejuízos financeiros foram grandes. “Queimaram freezers alheios que a gente tinha arrumado, vasilhames de bebidas, mas os prejuízos espirituais é que são incalculáveis. A perda maior foi do nosso sagrado, mas a fé só aumentou, mas a tristeza é muito grande”, concluiu. Procurada pela reportagem, a SASC não deu retorno.

Fonte: Campo Maior em Foco

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