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DENÚNCIA

Moradores se unem para enfrentar incêndios às margens da BR-343 em Campo Maior

Os moradores fazem um apelo às autoridades para combater os incêndios na região

Alinny Maria

Quinta - 16/07/2020 às 16:00



Foto: Print do vídeo Queimadas às margens da BR-343 preocupam moradores de Campo Maior
Queimadas às margens da BR-343 preocupam moradores de Campo Maior

Moradores do município de Campo Maior, a 85 km de Teresina, relatam que sofrem com constantes queimadas irregulares às margens da BR-343, na entrada do município.  A jornalista Edilene Mota gravou um vídeo para mostrar a situação e pede intervenção das autoridades.

Segundo Edilene, os incêndios florestais nas margens da rodovia acontecem todos os anos e os próprios moradores têm que se unir para evitar a propagação das chamas e evitar que as residências sejam atingidas.

"Todo ano a gente sofre com essas queimadas na BR. A gente vem, usa enxada, usa galhos de árvores para combater o fogo para que ele não chegue nas áreas residencias. Trabalhamos a manhã toda de hoje, 16 de julho, e agora estamos chegando ao final. Espero que tenhamos controlado... tem muita mata seca nessa época e o fogo pode chegar até a BR, queimar veículos, residências e ter perda de vidas humanas", relata a jornalista.

Nas imagens é possível ver que o incêndio destruiu placas de sinalização de trânsito que inclusive alertava os motoristas para curvas perigosas. Edilene Mota encerra o vídeo fazendo um apelo para as autoridades pedindo providências para o combate das queimadas e ainda uma base do Corpo de Bombeiros para atuar Campo Maior e região.

A jornalista também trabalha nas proximidades da BR e diz que complicado exercer as atividades diante de tanta fumaça e preocupação com o fogo que pode se alastrar rapidamente. "Hoje foi a manha todinha só de combate ao fogo. Apelamos para as autoridades,  mas nenhum tem esse compromisso. Muitos prejuízos e perigos para a população", conclui.

Veja os vídeos:

Decreto federal proíbe queimadas

O governo federal anunciou, na noite dessa quarta-feira (15), que editou um decreto para proibir o emprego de fogo em áreas rurais por um período de 120 dias. A medida vale para todo o território nacional.

 Em nota à imprensa, a Secretaria-Geral da Presidência da República informou que, historicamente, a maior incidência de queimadas ocorre entre os meses de agosto e outubro. "A previsão climática do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos para os meses de julho, agosto e setembro indica período de forte estiagem, motivo pelo qual tornou-se urgente a adoção da suspensão das queimadas para conter e reduzir a ocorrência de incêndios nas florestas brasileiras", disse a pasta. 

Ao citar o Ministério do Meio Ambiente, a nota informa que dados recentes da plataforma do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam grande quantidade de focos de queimadas no primeiro semestre deste ano, não apenas na Amazônia, mas também em outros biomas, como o Pantanal.

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