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Fortemente ligada ao Piauí a cajuína será patrimônio cultural brasilei

Piauí Hoje

Terça - 04/03/2008 às 04:03



"Apenas a matéria vida era tão fina/E éramos olharmo-nos intacta retina/A cajuína cristalina em Teresina". Além de entrar para a música popular nos versos do baiano Caetano Veloso, agora, a popular e tradicional bebida piauiense será patrimônio cultural do povo brasileiro. A cajuína é um traço cultural de identidade dentro do Projeto Saberes e Fazeres em torno do caju e todos os seus subprodutos. Esse trabalho é desenvolvido no âmbito do Piauí pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan.A professora Diva Figueiredo, superintendente regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), esclarece que o trabalho sobre o caju que vai transformar a cajuína em patrimônio cultural não é a única atividade que o Instituto desenvolve no Estado. Há uma grande quantidade de inventários em andamento envolvendo arquitetos e historiadores do Iphan fazendo levantamento do patrimônio em várias cidades piauienses.O registro do Projeto Saberes e Fazeres inclui a cajuína como patrimônio cultural e faz justiça a um produto regional com forte sotaque nordestino. A professora Diva Figueiredo esclarece que a cajuína não é bebida típica fabricada e consumida exclusivamente no Piauí, porque o Ceará também entra na cadeia produtiva do caju e na elaboração artesanal da bebida.A superintendente destaca o Projeto Saberes e Fazeres com essa visão sobre o caju, porque trata-se de um produto que tem traço de identidade com a região do qual se originam também o doce e o vinho igualmente conhecidos e apreciados pelos nordestinos.O trabalho da Superintendência do Iphan encampa várias atividades não só em Teresina como em demais cidades do interior do Estado ricas em patrimônio histórico material, como Parnaíba, Piracuruca, Amarante e Pedro II, mas todas as cidades têm importância para os pesquisadores.Ela ressalta a transformação que ocorre neste momento na capital com a demolição de dezenas de casarões do centro para atender à demanda de área de estacionamento, pelo fato da falta de estrutura de transporte público obrigando a população a adquirir seu próprio carro e por isso necessitando de espaço para garagem.No campo imaterial, a Superintendência do Iphan executa um inventário sobre o patrimônio cultural representado pela arte santeira e as referências culturais das comunidades quilombolas.

Fonte: CCOM

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