Para Pladevall, o rigor da Lei impõe aos municípios a criação de aterros sanitários para rejeitos. Eles têm a obrigação de implantar processos de reciclagem. “É um exagero pressupor a implantação de 100% da coleta seletiva, isso é um absurdo, principalmente no cenário atual onde o governo não estabelece um planejamento de investimentos e apoio técnico aos municípios. Precisamos de uma revisão na legislação de maneira que tenhamos algo factível para a realidade brasileira”, aponta.
O dirigente lembra ainda que até mesmo entre os países da União Europeia a destinação correta do lixo vem sendo alcançada aos poucos, mesmo com vultuosos recursos financeiros. “É o caso de Portugal, que atualmente recicla 8% dos seus resíduos. O país levou 10 anos para fazer a transição de lixões para aterros sanitários”, afirma.
Uma pesquisa sobre a Gestão Municipal de Resíduos Sólidos, realizada pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios) em 4.193 municípios no ano de 2013, traça um panorama do setor. O levantamento aponta que 50,6% dos municípios praticam uma disposição inadequada do lixo e 48,3% possuem aterros sanitários. O estudo mostra ainda que 36,3% das cidades já dispõem de Planos Municipais e 49% já praticam ou possuem algum projeto de coleta seletiva. Além disso, 13% das cidades fazem compostagem e 29% atuam em forma de consórcios, situação esta que estabelece uma prioridade no acesso a recursos para investimentos.
Apecs
Fundada em 1989, a Apecs congrega atualmente cerca de 40 das mais representativas empresas de serviços e consultoria em Saneamento Básico e Meio Ambiente com atuação dentro e fora do país.
Essas companhias reúnem parte significativa do patrimônio tecnológico nacional do setor de Saneamento Básico e Meio Ambiente, fundamental para o desenvolvimento social e econômico brasileiro, estando presente nos mais importantes empreendimentos do setor.
Fonte: assessoria