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PREMIAÇÃO

Presa no Irã, ativista que lidera luta das mulheres leva Nobel da Paz

Narges Mohammadi dedicou toda a sua vida à causa dos direitos humanos em seu país natal, o Irã

Arnaldo Silva

Sexta - 06/10/2023 às 11:26



Foto: Reprodução/Reuters Narges Mohammadi
Narges Mohammadi

Teresina (06) - Os olhos do mundo se voltaram para Oslo, na Noruega, nesta sexta-feira (6), quando foi anunciado o vencedor do Prêmio Nobel da Paz. A agraciada deste ano é a corajosa ativista iraniana Narges Mohammadi, reconhecida por sua luta incansável contra a opressão das mulheres no Irã e por sua dedicação à promoção dos direitos humanos e da liberdade para todos.

Uma Vida de Ativismo

Narges Mohammadi dedicou toda a sua vida à causa dos direitos humanos em seu país natal, o Irã. No entanto, essa dedicação lhe custou a maior parte das duas últimas décadas atrás das grades, enfrentando repetidas condenações por suas ações em prol da abolição da pena de morte e contra o confinamento solitário, que ela mesma teve que suportar por longas semanas.

Atualmente, Mohammadi cumpre uma pena de 10 anos e 9 meses, tendo sido acusada de atividades contra a segurança nacional e propaganda contra o Estado. Além disso, ela foi condenada a receber 154 chibatadas, uma punição que grupos de direitos humanos acreditam que ainda não foi infligida, além de sofrer restrições de viagem, entre outras injustiças.

O Reconhecimento Internacional

O Prêmio Nobel da Paz é um dos cinco prêmios Nobel, ao lado da Química, Física, Fisiologia ou Medicina e Literatura. Seu critério fundamental é honrar aqueles que contribuíram significativamente para a fraternidade entre as nações, seja através da abolição ou redução de exércitos ou da promoção de ideais de paz.

Neste ano, os laureados com o Prêmio Nobel da Paz receberão 11 milhões de coroas suecas (cerca de US$ 986 mil) da Fundação Nobel. A escolha de Narges Mohammadi para receber esse prestigioso prêmio destaca a importância de sua luta incansável pelos direitos humanos e seu compromisso inabalável com a causa da liberdade em um ambiente desafiador como o Irã.

Fonte: Com informações da CNN

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