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GUERRA

Mãe de brasileira morta em Israel teve pressentimento sobre o ataque do Hamas

A mãe de Bruna pediu para ela não ir à festa porque teve mau pressentimento do ataque terrorista

Da Redação

Quarta - 11/10/2023 às 19:59



Foto: Instagram Bruna Valeanu: vítima da insanidade humana
Bruna Valeanu: vítima da insanidade humana

A brasileira Bruna Valeanu, de 24 anos, foi encontrada morta nesta terça-feira (10). Ela estava em uma rave quando os terroristas do Hamas iniciaram uma ofensiva no território israelense no sábado passado (07.10).

A confirmação da morte da carioca Bruna Valeanu, que estava desaparecida desde o ataque do grupo extremista Hamas contra Israel, foi divulgada na terça-feira. Ela não conseguiu sobreviver aos graves ferimentos causados durante a invasão que chocou o país.

A carioca tinha 24 anos e residia em Israel desde 2015, na região de Petah Tikva. Lá, ela era estudante de comunicação e sociologia/antropologia na Universidade de Tel Aviv.

A jovem estava em uma festa rave com seus amigos quando o local foi abruptamente alvo de um ataque do grupo Hamas. Vídeos compartilhados nas redes sociais revelam o momento em que o festival foi invadido e submetido a esses terríveis ataques.

Florica, irmã mais velha de Bruna, concedeu uma entrevista emocionada a veículos de comunicação e compartilhou que a mãe delas teve um pressentimento sombrio no dia do evento, pedindo a Bruna que não fosse à festa.

"Minha mãe teve um pressentimento nesse dia, ela não sabia que a festa seria perto de Gaza. Minha mãe falou: ‘Bruna, não vai na festa’. Minha mãe teve esse pressentimento", relatou Florica.

Bruna dividia sua residência com a mãe e a irmã em Israel por cerca de oito anos, sendo a principal conhecedora do hebraico, o idioma predominante na região. 

A família está arrasada pela perda de Bruna, e a notícia abalou a comunidade brasileira em Israel. A tragédia serve como um doloroso lembrete dos perigos que a região enfrenta em meio a conflitos e instabilidades.

Domo de Ferro

O sistema antimíssil de Israel, chamado de Domo de Ferro, foi intensamente usado para impedir que as ofensivas do grupo terrorista Hamas atingissem alvos em território israelense. 

O Domo de Ferro foi desenvolvido por companhias israelenses com o apoio dos EUA e está em operação desde 2011. "O Domo de Ferro é um sistema de defesa antimísseis israelense criado para interceptar foguetes e artilharia de curto alcance.

A origem do Domo está na guerra de 2006 entre Israel e o grupo libanês Hezbollah, quando inúmeros foguetes foram lançados no território israelense", explica Bernardo Wahl, professor da FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo) e especialista em segurança e defesa.

Um radar é responsável por indicar a região de um ataque inimigo. Após o sistema traçar a trajetória e os riscos de um alvo ser atingido, um projétil é disparado para neutralizar o foguete. O especialista explica que o sistema antimíssil consegue identificar se o artefato vai cair em uma área desabitada e decidir não fazer a interceptação.

Segundo informações divulgadas pelo Exército de Israel, a eficácia do Domo de Ferro é de 85% a 90%. "Embora bastante eficaz, o sistema não é perfeito e possui um 'calcanhar de aquiles': quando muitos foguetes são lançados simultaneamente, o Domo de Ferro pode ficar sobrecarregado e não realizar todas as devidas interceptações", diz o professor da FESPSP. 

Foi justamente o que aconteceu no último sábado. Quando inúmeros foguetes são lançados ao mesmo tempo, o sistema fica sobrecarregado e sua eficácia diminui. Isso explicaria o porquê de a defesa de Israel ter sido surpreendida pelo ataque.

Fonte: Reuters/Agência Brasil/R7/UOL

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