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CONDENAÇÃO

Brasileira é condenada na Suíça por sequestro qualificado após repatriação da filha

Neide da Silva Heiniger foi sentenciada a quatro meses de prisão em regime fechado

Da Redação

Sábado - 21/09/2024 às 10:57



Foto: Divulgação Neide da Silva Heiniger, brasileira condenada por sequestro qualificado da filha
Neide da Silva Heiniger, brasileira condenada por sequestro qualificado da filha

Neide da Silva Heiniger, uma brasileira que se mudou para a Suíça para ficar perto de sua filha adolescente, foi condenada a quatro meses de prisão em regime fechado pela Justiça suíça por sequestro qualificado e privação de liberdade. A filha, nascida na Suíça, foi repatriada ao país em 2022, sob os termos da Convenção de Haia. As informações foram divulgadas pelo UOL nesta sexta-feira (20).

A Convenção de Haia, acordo internacional do qual o Brasil faz parte desde 1999, trata de casos de sequestro internacional de crianças. Ela prevê o retorno imediato de menores que foram levados de seus países de residência habitual sem o consentimento de um dos pais ou responsáveis. No caso de Neide, sua filha foi retirada da Suíça aos 7 anos e levada para São Luís, no Maranhão, onde ambas permaneceram por anos sem retornar ao país europeu.

O pai da jovem, que nega as acusações de violência doméstica e sexual feitas por Neide, acionou a Convenção de Haia para reaver a guarda da filha, que foi repatriada aos 12 anos. Segundo Neide, no momento do embarque para a Suíça, a menina se recusava a deixar a mãe e precisou ser dopada para viajar.

Apesar de Neide se mudar para a Suíça após a repatriação da filha, ela vive em condições precárias, em um estúdio sem aquecimento na cidade de Interlaken, onde as temperaturas no inverno são negativas. Ela também não domina o idioma local, o alemão, e sobrevive com uma ajuda de custo do governo suíço de 900 francos mensais (cerca de R$ 5.800).

Neide iniciou uma vaquinha online para arcar com os custos de sua defesa jurídica, buscando recorrer da sentença. Ela relatou que, por um ano, pôde visitar a filha quinzenalmente por duas horas, sob a supervisão de uma assistente social. No entanto, essas visitas foram suspensas há 11 meses, após o pai da jovem ganhar uma batalha judicial.

O Grupo de Apoio a Mulheres Brasileiras no Exterior (GAMBE) encaminhou ofícios ao Ministério das Mulheres e ao Ministério das Relações Exteriores, pedindo apoio para o caso de Neide.

Fonte: UOL

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