O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a Nova York, nos Estados Unidos, para participar da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Ele desembarcou no sábado, 21 de setembro, e tem o primeiro compromisso oficial neste domingo, 22 de setembro: a Sessão de Abertura da Cúpula do Futuro, que contará com líderes de diversas nações.
Recebido por autoridades norte-americanas e militares no aeroporto, Lula seguiu para o hotel onde ficará até quarta-feira, 25 de setembro, quando retornará ao Brasil.
Agenda oficial de Lula em Nova York
Lula fará o aguardado discurso de abertura da 79ª Assembleia Geral da ONU na próxima terça-feira, 24 de setembro. Ele abordará temas como o combate à fome e a crise climática, alinhando-se à agenda apresentada recentemente pelo Brasil no G20. Outros pontos de destaque no discurso incluirão inclusão social, transição energética e a reforma da governança global.
Este ano, o tema da Assembleia, proposto pelo presidente da Assembleia Geral, Philemon Yang, de Camarões, será "Unidade na diversidade para a promoção da paz, do desenvolvimento sustentável e da dignidade humana para todos". Após as falas do secretário-geral da ONU, António Guterres, e do presidente da Assembleia-Geral, Lula será o primeiro a discursar, honrando a tradição histórica do Brasil nessa cerimônia.
Outros compromissos de Lula
Além de seu discurso, Lula participará da Cúpula do Futuro, evento dedicado à discussão de crises emergentes de segurança, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e o impacto das novas tecnologias. O presidente brasileiro também presidirá, junto com Pedro Sánchez, líder do governo da Espanha, uma mesa redonda sobre democracia e extremismos, abordando a proteção das instituições democráticas e o combate à desinformação.
Outro evento importante será a reunião do G20, que, pela primeira vez, acontecerá na sede da ONU. Lula, que atualmente preside o grupo, apresentará a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, lançada pelo Brasil em julho.
O conflito entre Rússia e Ucrânia também estará na pauta, com o Brasil e a China apresentando uma proposta conjunta desenvolvida pelo assessor especial Celso Amorim. Reuniões com blocos de países emergentes, como BRICS e IBAS, também estão programadas.
A participação de Lula reforça o papel proativo do Brasil em questões globais, especialmente nas áreas de segurança alimentar, mudanças climáticas e a defesa da democracia em tempos de desinformação e extremismo crescente.
Tradição brasileira na ONU
Desde a fundação da ONU em 1945, o Brasil mantém a tradição de ser o primeiro país a discursar na Assembleia Geral. Essa prática, que remonta à atuação diplomática do então chanceler Osvaldo Aranha, reflete a posição histórica de neutralidade e cooperação do Brasil nas relações internacionais.
A tradição continua viva, e o discurso de Lula marca mais um capítulo na longa história do Brasil como mediador e protagonista em discussões globais.
Fonte: Revista Forum
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