Geral

MPF/PI denuncia nove investigados na Operação Encomendas

MPF/PI denuncia acusados desvio encomendas

Quarta - 27/06/2012 às 17:06



O Ministério Público Federal no Estado do Piauí através do procurador da República Marco Túlio Lustosa Caminha denunciou à Justiça Federal, nove pessoas investigadas na chamada Operação Encomendas, desencadeada pela Polícia Federal no mês passado.

Um funcionário dos Correios, bem como sua esposa; dois motoristas de uma empresa terceirizada; dois empresários e três outros receptadores faziam parte do esquema de extravios e receptação de mercadorias de relevante valor comercial como notebooks, tablets, aparelhos de telefone celular, máquinas fotográficas dentre outros, que estavam sob a responsabilidade da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT.

Segundo a denúncia, os elementos de informação colhidos durante toda a investigação, com diligências de campo instruídas com fotografias e filmagens dos encontros e entregas de mercadorias e por meio da análise dos áudios de ligações telefônicas interceptadas com autorização judicial evidenciaram as práticas criminosas de peculato, formação de quadrilha e receptação qualificada, as quais foram ainda confirmadas quando do cumprimento dos mandados de busca e apreensão, ocasião em que foram localizadas nas residências e lojas dos investigados, alguns dos objetos extraviados dos Correios.

Para o procurador da República, a aquisição de bens de origem ilícita objetivava o incremento da atividade comercial dos receptadores. O MPF/PI requereu a instauração de processo criminal contra os nove envolvidos e como efeito da condenação a perda do cargo público dos empregados dos Correios.

Marco Túlio Caminha ressalta ainda que será ajuizada ação de improbidade administrativa visando a imposição de sanções na esfera cível.


Entenda o caso:

O funcionário da ECT que exercia a função de operador de triagem e transporte das mercadorias, recebia as cargas que chegavam ao Aeroporto de Teresina, separava os produtos que tinha interesse para que depois já no Centro de Distribuição dos Correios, facilitasse na identificação do que seria desviado.

Após separar o que interessava, o funcionário despachava as mercadorias nos próprios veículos dos Correios, dirigidos por dois irmãos e motoristas terceirizados, os quais deixavam os produtos na casa do funcionário, onde a esposa do mesmo já aguardava a encomenda.

Encomenda recebida, a esposa conferia o conteúdo e estado e após telefonava ao marido confirmando o recebimento e discriminado os produtos, além de especular os valores de mercado dos mesmos. A partir disso, o funcionário ligava para os dois empresários e principais receptadores que iriam comercializar os produtos em suas lojas e repassar a outros receptadores.

 

Fonte: MPF

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: