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MPF denuncia 6 estrangeiros por tráfico presos com droga em barco no l

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Quarta - 14/11/2012 às 17:11



 O Ministério Público Federal no Piauí (MPF/PI) denunciou seis pessoas por associação para o transporte internacional de drogas, uso de documentos falsos e porte ilegal de arma. Dos seis acusados, três são estrangeiros. Roberto Menale e Alessandro Pasanisi são italianos e José Aníbal Aguiar é português. Valdir Pedro e Paulo Rogério Prado são naturais do Estado de São Paulo e Marcos Luiz Guedes é de Mato Grosso do Sul.

Os seis foram presos no último dia 24 de agosto, em uma operação da Polícia Federal, quando colocavam em prática um plano para transportar 270kg de cocaína ao exterior, por meio de um veleiro ancorado no Porto do Trapiche, em Luis Correia. O veleiro, denominado WIZ, foi comprado por Pasanisi em março deste ano na Itália. Antes de aportar em Luis Correia, passou por Madagascar, Venezuela e Guiana Francesa, o que para o MPF demonstra que o objetivo dos acusados era o transporte da droga para o exterior.

Segundo a denúncia, Alessandro Pasanisi e José Anibal zarparam do Porto do Trapiche, ao meio-dia do dia 24. Eles foram presos em flagrante pela Polícia Federal, com o apoio da Marinha do Brasil, quando já estavam a 1.500m da costa marítima. A polícia encontrou a droga embalada em sacos plásticos, guardadas em onze sacolas de viagem que estavam empilhadas sobre duas camas no dormitório da embarcação. Durante o flagrante, também foram encontrados uma pistola, um carregador e munição, mantidos sob a guarda de Pasanisi, sem autorização.

Os outros três integrantes da quadrilha - Roberto Menale, Valdir Pedro e Marcos Luiz – foram presos, ainda no dia 24, em um restaurante na cidade de Piripiri. Quando já estavam na sede da Polícia Federal, em Parnaíba, Marcos Luiz Guedes apresentou documentos falsos para tentar ocultar a sua verdadeira identidade. Neles, Marco Luiz Guedes era identificado como Marcos Luiz da Silva.

De acordo com o MPF, a quadrilha era dirigida pelo italiano Roberto Menale. Ele era o responsável pela organização e divisão de tarefas do grupo. Já Paulo Rogério era o articulador do transporte da cocaína pelo território nacional até Luis Correia. Foi ele quem arregimentou Valdir Pedro e Marcos Luiz para cuidarem da logística terrestre da droga.

O veleiro WIZ ficou ancorado no Porto do Trapiche durante quase um mês. Nesse período, a quadrilha manteve contatos pessoais e trocou mensagens por meio de aparelhos celulares. Alguns integrantes da quadrilha mantiveram encontros em um sítio, localizado em Luis Correia.

Para o MPF, não há dúvidas de que a associação dos acusados era estável - já que demandou planejamento para que estivessem no litoral piauiense no mesmo período – e que o destino da droga era o exterior tendo em vista a utilização de um veleiro com capacidade de navegar em águas internacionais, além da clandestinidade da permanência de Alessandro Pasanisi e José Aníbal no território nacional.

Penas

O MPF pediu a condenação dos réus pelas seguintes condutas: por haverem os seis réus associado-se para transportar a cocaína para o exterior, podem ser condenados de 3 a 10 anos de reclusão e 700 a 1200 dias-multa. Por participarem da logística e do transporte da cocaína no território nacional, os réus Roberto Menale, Valdir Pedro, Marcos Luiz Guedes e Paulo Rogério podem pegar de 5 a 15 anos de reclusão e 500 a 1500 dias-multa, cumulativamente com a pena anterior. Por transportarem a cocaína a bordo do veleiro, Alessandro Pasanisi e José Anibal podem ser condenados a mais uma pena, que varia de 5 a 15 anos de reclusão e 500 a 1500 dias-multa. Por utilizar documentos falsos, Marco Luiz Guedes também poderá ser condenado a até mais 5 anos de reclusão. Por manter sob sua guarda, sem autorização, arma de fogo e acessórios e munição, Alessandro Pasanisi pode ser condenado a até mais 4 anos de reclusão e multa.

Antecedentes criminais

Valdir Pedro e Marco Luiz Guedes (foragido da Justiça desde 1999) já foram condenados por outros crimes. O MPF solicitou à Justiça que oficie ao Juízo de Direito das Comarcas de Campinas/SP, Jundiaí/SP e Sumaré/SP para que encaminhem certidões de antecedentes criminais dos réus, especificando as ações penais em curso e as que já transitaram em julgado.

O acusado Paulo Rogério encontra-se recluso em unidade de penitenciária do município de Campinas/SP, em cumprimento a mandado de prisão preventiva expedido pelo 1ª Vara Criminal de Porto Seguro/BA. O MPF solicitou que a Justiça oficie aos Juízos de Direito de Campinas/SP e Porto Seguro/BA para que estes encaminhem certidões de antecedentes criminais. Os outros cinco réus encontram-se recolhidos na Penitenciária Mista de Parnaíba.

Fonte: MPF

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