Foto: Alinny Maria
Parte do casarão desaba sobre dois veículos
Em menos de um mês, dois casarões históricos do centro de Teresina vieram abaixo causando prejuízos e possíveis riscos de morte a quem frequenta esses lugares. O primeiro caso aconteceu no dia 11 de janeiro, na rua Areolino de Abreu com Barroso, onde parte do prédio antigo caiu sobre dois veículos, e o mais recente foi na tarde de ontem, terça-feira (07), na casa que abriga uma boate LGBT, na rua 7 de Setembro.
Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura de Teresina, devido à recorrência do problema, foi acertado em uma audiência no Ministério Público que será feita uma comissão para fiscalização dos prédios históricos do centro, mas a data ainda não foi acertada.
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), responsável por fiscalizar os imóveis comerciais da cidade (não tombados), está realizando a perícia no prédio da Rua 7 de Setembro para tomar as medidas cabíveis. O teto do prédio desabou e no momento haviam duas pessoas que não se feriram.
No caso de prédios tombados, o levantamento e a fiscalização é feita fundação Monsenhor Chaves (FMCMC), que segundo a assessoria está aguardando a composição dessa comissão para formar uma força tarefa para fiscalização desses imóveis.
Em audiência realizada no Ministério Público Estadual, no dia 27 de janeiro, entre a prefeitura de Teresina e o proprietário do casarão da Rua Areolino de Abreu, foi determinado que o proprietário realizasse a retirada imediata do telhado e a recuperação da parte remanescente do imóvel.
A promotora Denise Aguiar estipulou à Fundação Monsenhor Chaves FMCMC, um prazo de 30 dias, contados a partir da audiência do dia 27 de janeiro, para a elaboração de parecer relativo ao projeto de recuperação da estrutura do imóvel da Areolino de Abreu encaminhado pelo proprietário. Após a elaboração do projeto, a Promotoria deverá designar data para a realização de nova audiência com representantes da Prefeitura de Teresina, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (CREA-PI) e Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-PI), para formar uma equipe de peritos para vistoria de prédios de valor histórico e cultural de Teresina.
O problema na fiscalização e preservação dos casarões históricos de Teresina é recorrente, pois além dos desabamentos, muitos proprietários descaracterizam seus imóveis para facilitar a adaptação de salas comerciais mais rentáveis, ou mesmo vendem esses imóveis para que sejam transformados em estacionamentos ou pontos comerciais sem uma fiscalização efetiva por parte dos orgãos competentes.
Enquanto a comissão para vistoria não é formada, outros prédios do centro correm o risco de desabar.
Fonte: Samuel Brandão
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