"Pelo que eu tomei conhecimento, a mãe recebia alimentos ou dinheiro - salvo engano, a importância de R$ 15 - para permitir que essas crianças tivessem acesso à casa desse sujeito. Se for plenamente caracterizado (como crime), ela vai responder a um processo criminal", relatou a promotora à TV Cidade Verde.
Enquanto o Ministério Público trabalha, as duas filhas permanecem sob a custódia da mãe investigada. Segundo a promotora de União, porém, a relação pode durar pouco tempo. "Constatando que as situações são de risco e as mesmas se encontram vulneráveis em face da omissão ou do ausência do pai, mãe ou responsável legal, nós conduziremos as crianças para um abrigo", argumentou Gianny.
Vizinhos de Lourival afirmam que era comum ver o lavrador acompanhado das duas vítimas. "Eu pensei que era normal essa amizade dele com a mãe dessas meninas", comentou a vizinha Maria Fernandes.
Para a representante do Ministério Público, o pedófilo pode ter feito outras vítimas em União. "Quando a perícia veio, constatou e encontrou material como camisinhas, bonecas e filmes pornográficos, inclusive com crianças. Eu quero entender que há, além dessas duas crianças, outras vítimas", afirmou. "Se alguém tiver conhecimento de qualquer contato de outras crianças ou adolescentes em relação a esse cidadão, que nos comunique, comunique a Polícia ou comunique ao Disque 100", complementou.
Lourival foi preso em casa no último sábado ao ser flagrado seminu tocando as duas crianças, que estavam despidas. Além do Ministério Público e da Polícia Civil, o Conselho Tutelar também participou da ação que resultou na sua detenção.
Preso em flagrante por estupro de vulnerável, Lourival foi encaminhado para a Casa de Custódia de Teresina. Ontem, uma de suas irmãs disse que acredita na inocência do lavrador. "Ele é doente mental e toma remédio controlado. Nós não estamos acreditando nessas coisas não", disse Dagmar Rodrigues.
Fonte: com informações do cidadeverde