MP faz ação para apreender provas por crimes de racismo contra Maju

Maju injúria acusados caça MP


O Ministério Público coordenou operação em oito estados para apreender as provas por crimes de racismo contra a jornalista Maria Júlia Coutinho. De acordo com informações de O Globo, a justiça expediu 25 mandados de busca e apreensão em São Paulo, no Amazonas, Ceará, Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os suspeitos foram levados ao MP de cada região para serem ouvidos.

A ação revelou que em Goiás parte dos ataques foi feito por um adolescente de 16 anos. Em Fortaleza, quatro celulares e um notebook foram apreendidos e o suspeito se recusou a dar depoimento. Ele vai ser notificado formalmente. Em São Paulo, o auxiliar de produção Kaíque Batista, de 21 anos, teve seu computador apreendido. Ele negou que tenha participado do crime e informou que vai denunciar os culpados. Em Sorocaba, o suspeito foi encontrado em casa e os promotores acharam em seu celular grupos com mensagens racistas.

Maju foi vítima de racismo em julho deste ano quando postou foto em sua página no Facebook e recebeu comentários pejorativos de internautas. “Não tenho TV colorida para ficar olhando essa preta, não”, publicou um usuário na rede social. Outro internauta alegou que a jornalista só teria conseguido o emprego no programa “por causa das cotas”. A profissional também foi vítima de ofensas como “preta imunda”, “urubu” e foi chamada de “quem já nasceu de luto". A onda de comentários racistas despertou a revolta de outros telespectadores e internautas, que saíram em defesa de Maria Júlia. Muitos alertaram que as injúrias poderiam ser caracterizadas como crime e que estavam denunciando os perfis responsáveis pelos comentários agressivos.

A situação fez com que a Globo criasse a hashtag #SomosTodosMaju. A equipe do \'Jornal Nacional\' fez vídeo para falar do tema. A redação da Revista Época também se reuniu para gravar vídeo semelhante ao dos profissionais do \'JN\'. A jornalista Glória Maria também mandou mensagem para Maju. "O que eu digo para a Maju é que ela vá em frente e não desista nunca, porque é isso que os racistas querem, que a gente fraqueje e desista. Mas que ela fique mais forte com essa experiência e siga adiante", disse em entrevista ao colunista Bruno Astuto.

Fonte: comunique-se

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