Movimento de quebradeiras de coco analisa mapa da região ecológica dos

quebradeiras de coco análises regiões babaçuais


Quebradeiras de coco na defesa do babaçu livre

Quebradeiras de coco na defesa do babaçu livre Foto: jornalesp

 Representantes do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco-Babaçu se reuniram ontem na Câmara dos Deputados. Elas participaram de audiência pública para a apresentação do Mapa da Região Ecológica dos Babaçuais dos estados do Piauí, Tocantins, Maranhão e Pará.

O mapa do babaçu faz parte do projeto Cartografia Social da Amazônia que tem por objetivo mapear a região a partir dos dados apresentados pelos povos e comunidades tradicionais na Amazônia.

Segundo os dados do mapa, nos quatro estados, existem hoje mais de 25 milhões de hectares de babaçuais, com diferentes densidades. O babaçu é fonte de renda para mais de 300 mil mulheres.

A coordenadora nacional do movimento, Francisca da Silva Nascimento, afirmou que é preciso garantir o acesso ao babaçu que está sendo ameaçado pela chegada da soja, da cana-de-açucar e do eucalipto nestas regiões. "A gente tem que ter o livre acesso aos babaçuais. Se a gente não conseguir ter o livre acesso e uma lei para que a gente tenha um livre acesso, a gente corre um grande risco de perder esses babaçuais."

O deputado Nilto Tatto (PT-SP) destacou que as quebradeiras de coco esperam que sua atividade seja reconhecida em todo o território nacional, protegendo assim os babaçuais. "Elas também pediram que seja desarquivado um projeto de lei de 2007 (PL 231/07) que garante a preservação do babaçu, que é fundamental para a atividade econômica e sobrevivência delas."

Sobrevivência das quebradeiras
A professora da Universidade Federal do Pará Jurandir Santos de Novaes afirmou que o babaçu não está em extinção e pode continuar garantindo a sobrevivência de milhares de pessoas, desde que seja preservado e as quebradeiras tenham acesso aos babaçuais.

"Quando as áreas são desmatadas, essa espécie se fortalece. Comparativamente as pesquisas anteriores realizadas no âmbito do mesmo projeto, em 2005 e em 2010, apontam que o babaçu ele está se expandindo."

Uso do babaçu
O lenho do babaçu é usado na construção de casas, enquanto as folhas são utilizadas na cobertura, nas paredes, nas portas e nas janelas. O leite do babaçu e o óleo extraído de suas amêndoas são usados na alimentação; da casca do coco é produzido carvão. A palha, por sua vez, é utilizada para a produção de artesanato. A partir do óleo também se produz sabonete.

É uma palmeira muito comum no Maranhão, Piauí, Ceará, Pará, Mato Grosso e Tocantins e pode atingir até 20 metros de altura.

Fonte: agcamara

Siga nas redes sociais
Mais conteúdo sobre:
Próxima notícia

Dê sua opinião: