A ativista social Sabrina Bittencourt, 38 anos, que morava em Barcelona e ficou conhecida como uma das mulheres que denunciou por abusos sexuais o médium João de Deus cometeu suicídio no sábado, dia 02 de fevereiro, deixando uma carta testamento para os familiares e para todas as mulhres do planeta vítimas de abusos sexuais.
Ela fazia parte da ONG Vitimas Unidas, cuja presidente Maria do Carmo Santos soltou nota a imprensa comunicando a morte da ativista. O Consulado Brasileiro em Barcelona afirmou que não poderia dar informações sobre nenhum residente brasileiro sem prévia autorização dos familiares. As autoridades espanholas também ainda não confirmaram a morte de Sabrina.
"O grupo Vítimas Unidascomunica com pesar o falecimento de Sabrina de Campos Bittencourt ocorrido por volta das 21h deste sábado, 02 de fevereiro, na cidade de Barcelona, na Espanha, onde vivia. A ativista deixou uma carta de despedida relatando os porquês de tirar sua própria vida. Pedimos a todos que não tentem entrar em contato com nenhum integrante da família, preservando-os de perguntas que sejam dolorosas neste momento tão difícil. Dois dos três filhos de Sabrina ainda não sabem do ocorrido e o pai, Rafael Velasco, está tentando protege-los. A luta de Sabrina jamais será esquecida e continuaremos, com a mesma garra, defendendo as minorias, principalmente as mulheres que são vítimas diárias do machismo".
No sábado (02/02) às 20h05, a ativista e Doutora Honoris Causa por seu trabalho humanitário pela UCEM - Universidad del Centro, no México, escreveu post em sua conta no Facebook em que fala sobre sua vida e a luta pelas mulheres e minorias. "Marielle me uno a ti. Eu fiz o que pude, até onde pude. Meu amor será eterno por todos vocês. Perdão por não aguentar, meus filhos.". Sabrina, que morava em Barcelona, deixa três filhos.
Fonte: revistamarieclaire.globo.com